O governo mineiro anunciou nesta quarta-feira (03/6), sem dar detalhes, o licenciamento ambiental do “maior projeto de energia fotovoltaica no Brasil”, uma usina a ser construída pela empresa Aurora Energia em Jaíba, norte do estado. Segundo a Agência Minas, o licenciamento e a aprovação do projeto foram concluídos em “prazo recorde” pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad).

Não foram informados o tempo de tramitação nem outro dado qualquer sobre o processo de licenciamento. O governo se limitou a dizer que tudo andou muito rápido na Semad graças às políticas adotadas para desburocratizar e agilizar os processos de análise ambiental e aprovação dos empreendimentos.

O licenciamento da Aurora Energia é uma das últimas ações de Germano Vieira à frente da Semad. O secretário anunciou sua demissão no último dia 14, mas segue no cargo “até que o governador decida por um substituto” de modo a permitir uma “transição harmoniosa”. A construção da usina começa já neste próximo semestre.

A superusina de energia solar é a menina dos olhos de Zema. Uma conquista e tanto, especialmente para o Norte de Minas. É o maior investimento em curso hoje no estado: espera-se que movimente R$ 6 bilhões, com grande impacto em uma das regiões mineiras mais carentes de capitais e empregos. Além de grandioso, o projeto coloca Minas em posição de ponta em um dos setores mais promissores e necessários no mundo: o de energia limpa.

“O investimento em fontes de energia limpa em Minas Gerais contribui não só com a adoção de uma matriz renovável, reduzindo a emissão de gases de efeito estufa, mas também com a criação de emprego e renda para as famílias”, exultou a Agência Minas. O governador deve fechar as comemorações nas redes sociais, como é do seu estilo e hábito.

Atualmente, Minas é o quarto maior gerador do país, atrás apenas de Piauí, Ceará e Bahia, com potência de 755 megawatts instalados e em construção, conforme a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). Com o projeto em Jaíba, que terá capacidade instalada de 1.357 megawatts, o estado deve tomar a dianteira no Brasil.