Pela primeira vez, governo vai pagar os salários em quatro datas
O governo de Minas Gerais divulgou nesta quinta-feira a escala de pagamento dos servidores do Estado no mês de fevereiro. Pela primeira vez o funcionalismo vai receber em quatro datas. Antes disso, o secretário de governo de Minas Gerais, Odair Cunha, disse em entrevista coletiva, na manhã desta quinta-feira (1), na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), que o Estado ainda não tem prazo para acabar com o escalonamento do salário do funcionalismo.
O Estado vai depositar os salários em quatros datas diferentes: 9, 16, 23 e 28 de fevereiro.
De acordo com a nota da Secretaria de Estado de Fazenda (SEF), os servidores com salários líquidos de até R$ 1.500 vão ser depositados no dia 9 de fevereiro.
Já aqueles funcionários públicos com salários líquidos de até R$ 3.000 vão ter a remuneração depositada no dia 16 de fevereiro. Os que recebem até R$ 6.000 líquidos vão receber uma parcela de R$ 3.000 paga no dia 16 de fevereiro e o restante será pago em uma segunda parcela, marcada para o dia 23 de fevereiro.
Já para o funcionalismo que recebe acima de R$ 6.000, a escala vai ter mais uma data: 28 de fevereiro.
Entrevista
Desde janeiro de 2016, o governo de Minas tem parcelado os salários dos servidores. E, de acordo com Odair Cunha, os servidores do Estado estão sendo pagos no mês, contudo, não há prazo de quando as remunerações serão depositadas em um único dia. Ele explica ainda que 80% do que o Estado arrecada está comprometido com a folha de ativos e inativos, sendo que o contingente maior é destinado para as áreas de segurança e de educação.
O petista declarou que o governo tem trabalhado para resolver essa situação. “Essa é a preocupação do governador Fernando Pimentel e, por isso, nós estamos colocando todos os atores do governo focados na superação da crise e no equacionamento no problema salarial dos servidores. O ingresso de recursos vai viabilizar o equacionamento, por exemplo, dos salários dos servidores”, garantiu.
Em busca de recursos
O secretário esclareceu que não há perspectiva de o Estado enviar neste ano novos projetos para Assembleia de Minas para viabilizar mais recursos para o Executivo. No entanto, ele diz que, neste momento, propostas que foram aprovadas na ALMG no ano passado e que podem trazer mais dinheiro para o caixa da administração estadual estão sendo implementadas agora. Entre elas estão a venda de 49% dos ativos da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig) e os que tratam dos fundos - da dívida ativa e imobiliários.
Odair Cunha também afirmou que o governo tem trabalhado em outra frente em busca de dinheiro para Minas Gerais. Ele conta que representantes do Estado foram já estiveram nessa semana em Brasília conversando com o governo federal para pressionar pela votação do projeto da securitização, que é uma espécie de antecipação de receitas que pode dar uma sobrevida para a administração. “A Assembleia já fez o seu papel, mas nós precisamos que esse projeto seja votado na Câmara dos Deputados e isso vai garantir mais ingressos de recursos aqui no Estado”, disse.