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string(5625) "O impasse em relação ao aeroporto Carlos Prates, na região Noroeste de Belo Horizonte, ganhou mais um capítulo. Após a suspensão das atividades no sábado (1º), cerca de 40 aeronaves ainda permanecem no aeródromo — boa parte delas, em manutenção. A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), nova responsável pelo local, afirmou que, na última sexta-feira (31), a Secretaria de Aviação Civil (SAC) extendeu o prazo para a retirada dos equipamentos do local. As empresas têm mais 60 dias para que as aeronaves sejam consertadas e decolem.
Desde sábado, os pousos estão proibidos e as decolagens só podem acontecer mediante prévia e extraordinária autorização da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) com mediação da prefeitura. A PBH, entretanto, não informou quantas decolagens ocorreram desde o primeiro dia de proibição.
A administração municipal disse apenas que “toda a estrutura da Infraero foi desmontada e levada para o aeroporto da Pampulha e cerca de 80% das aeronaves também deixaram o aeródromo na sexta-feira”. “Restaram algumas aeronaves e carcaças (consistem em fuselagem sem prefixo)”, assegurou.
A Guarda Civil Municipal faz a segurança do aeroporto desde a 0h de sábado. Foram empenhados cerca de 40 agentes e mais de 10 viaturas da guarda em todas as portarias e “possíveis locais de acesso”. A PBH alega que há uma semana do encerramento, a Infraero franqueou a cada concessionário a inscrição em uma lista de acesso para seus funcionários e proprietários. “Foram todos avisados que, caso houvesse a mudança de gestão, seria necessário estar inscrito nesta lista para acesso ao local. A Infraero ainda está atuando na transição, atualizando a lista dos que não a informaram os nomes e documentos na semana passada”, diz a nota da PBH.
Dificuldade de acesso
Funcionários do aeroporto, entretanto, alegam dificuldades para o acesso. Estevan Velasquez, presidente da Associação Voa Prates, disse que só entra no lugar quem está com o nome na lista, mas “está uma bagunça, pois a Guarda Municipal não conhece nada de aviação. Nós temos que ensinar para eles o que pode e o que não pode. Isso porque, o aeroporto ainda está funcionando, já que decolagens são permitidas”, afirmou.
Ainda conforme a nota enviada, a PBH pontuou que “o foco neste momento é o diálogo com cada empresa que ainda tem aeronaves para decolar do local para que isso seja feito de maneira ordeira e respeitosa”. Também estão em curso medidas imediatas de reurbanização e segurança das áreas abandonadas no entorno do aeródromo, como limpeza, capina, refazimento de cercas e portarias, eliminação de riscos de dengue e botas fora.
O que diz a Infraero
Já a Infraero informou que deixou de ser responsável pela gestão e operação do aeroporto e se concentrará em concluir as tratativas comerciais com as empresas concessionárias, respeitando os contratos. “A Infraero também irá manter o diálogo com a nova gestora da área do Carlos Prates – a Prefeitura de Belo Horizonte – a fim de que a transferência integral da administração para o Executivo municipal seja concluída com segurança e que o órgão municipal possa, junto aos concessionários, planejar a transferência de aeronaves e serviços. Cabe destacar que todas as medidas adotadas pela Infraero durante o processo de encerramento das atividades do aeroporto Carlos Prates estão em consonância com as legislações vigentes e alinhadas às determinações e orientações do Governo Federal”, disse.
Audiência pública
Nesta segunda-feira (3), ocorreu uma audiência pública na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) para debater o sistema aeroportuário da região metropolitana de Belo Horizonte. Foi debatido, também, o curto prazo que as concessionárias do aeródromo, a escola de aviação e as empresas vocacionadas à aviação possuem para interromper as atividades no aeroporto Carlos Prates e os impactos dessa desmobilização para o desenvolvimento econômico de Belo Horizonte e de Minas Gerais.
O prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman, foi convidado, mas não apareceu. "Uma descortesia para a comissão e para o povo mineiro ele não vir justificar o porquê de sua atitude, é o sentimento que eu tenho", disse o deputado Roberto Andrade, que preside a sessão.
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Desde sábado, os pousos estão proibidos e as decolagens só podem acontecer mediante prévia e extraordinária autorização da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) com mediação da prefeitura. A PBH, entretanto, não informou quantas decolagens ocorreram desde o primeiro dia de proibição.
A administração municipal disse apenas que “toda a estrutura da Infraero foi desmontada e levada para o aeroporto da Pampulha e cerca de 80% das aeronaves também deixaram o aeródromo na sexta-feira”. “Restaram algumas aeronaves e carcaças (consistem em fuselagem sem prefixo)”, assegurou.
A Guarda Civil Municipal faz a segurança do aeroporto desde a 0h de sábado. Foram empenhados cerca de 40 agentes e mais de 10 viaturas da guarda em todas as portarias e “possíveis locais de acesso”. A PBH alega que há uma semana do encerramento, a Infraero franqueou a cada concessionário a inscrição em uma lista de acesso para seus funcionários e proprietários. “Foram todos avisados que, caso houvesse a mudança de gestão, seria necessário estar inscrito nesta lista para acesso ao local. A Infraero ainda está atuando na transição, atualizando a lista dos que não a informaram os nomes e documentos na semana passada”, diz a nota da PBH.
Dificuldade de acesso
Funcionários do aeroporto, entretanto, alegam dificuldades para o acesso. Estevan Velasquez, presidente da Associação Voa Prates, disse que só entra no lugar quem está com o nome na lista, mas “está uma bagunça, pois a Guarda Municipal não conhece nada de aviação. Nós temos que ensinar para eles o que pode e o que não pode. Isso porque, o aeroporto ainda está funcionando, já que decolagens são permitidas”, afirmou.
Ainda conforme a nota enviada, a PBH pontuou que “o foco neste momento é o diálogo com cada empresa que ainda tem aeronaves para decolar do local para que isso seja feito de maneira ordeira e respeitosa”. Também estão em curso medidas imediatas de reurbanização e segurança das áreas abandonadas no entorno do aeródromo, como limpeza, capina, refazimento de cercas e portarias, eliminação de riscos de dengue e botas fora.
O que diz a Infraero
Já a Infraero informou que deixou de ser responsável pela gestão e operação do aeroporto e se concentrará em concluir as tratativas comerciais com as empresas concessionárias, respeitando os contratos. “A Infraero também irá manter o diálogo com a nova gestora da área do Carlos Prates – a Prefeitura de Belo Horizonte – a fim de que a transferência integral da administração para o Executivo municipal seja concluída com segurança e que o órgão municipal possa, junto aos concessionários, planejar a transferência de aeronaves e serviços. Cabe destacar que todas as medidas adotadas pela Infraero durante o processo de encerramento das atividades do aeroporto Carlos Prates estão em consonância com as legislações vigentes e alinhadas às determinações e orientações do Governo Federal”, disse.
Audiência pública
Nesta segunda-feira (3), ocorreu uma audiência pública na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) para debater o sistema aeroportuário da região metropolitana de Belo Horizonte. Foi debatido, também, o curto prazo que as concessionárias do aeródromo, a escola de aviação e as empresas vocacionadas à aviação possuem para interromper as atividades no aeroporto Carlos Prates e os impactos dessa desmobilização para o desenvolvimento econômico de Belo Horizonte e de Minas Gerais.
O prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman, foi convidado, mas não apareceu. "Uma descortesia para a comissão e para o povo mineiro ele não vir justificar o porquê de sua atitude, é o sentimento que eu tenho", disse o deputado Roberto Andrade, que preside a sessão.