Para promotor, há preocupação com danos às pessoas e ao meio ambiente

Por Renata Giraldi

Agência Brasil

Brasília

A explosão de um gasômetro na Usiminas, em Ipatinga (MG), a 220 quilômetros de Belo Horizonte, levou à instauração de um gabinete de crise para apurar o acidente. O Ministério Público de Minas Gerais e representantes de órgãos ambientais se uniram para investigar a dimensão da explosão e os impactos sobre a natureza.

O promotor responsável pelo trabalho, Rafael Pureza Nunes da Silva, afirmou hoje (11) à Agência Brasil que um inquérito civil público será instaurado para verificar os danos ambientais. A ação será conduzida pela Promotoria de Justiça do Meio Ambiente de Ipatinga.

Segundo o promotor, foram feitas duas vistorias técnicas na região da Usiminas: uma ao longo do dia hoje e outra ontem (10) à noite, depois que houve o acidente. De acordo com ele, ainda não há uma conclusão sobre as análises nem prazo para finalizar o trabalho.

“Não trabalhamos com prazos. Queremos verificar a dimensão do acidente e os danos causados ao meio ambiente e às pessoas. A nossa preocupação é avaliar todos os detalhes”, disse Rafael Silva.

O promotor esteve no Hospital Márcio Cunha, no qual os feridos foram atendidos. Também foi até o local da explosão e disse ter observado que todas as 34 vítimas foram socorridas e que a situação estava sob controle.

O gabinete de crise para investigar o acidente é coordenado pelo Ministério Público, mas conta também com representantes da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) de Minas Gerais, do Núcleo de Combate aos Crimes Ambientais (Nucrim) e do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Defesa do Meio Ambiente (Caoma).

A explosão em um dos quatro gasômetros da Usiminas ocorreu ontem, por volta das 12h40, segundo a empresa. A Usiminas informou que investiga as causas do acidente, assim como assegurou que as normas de fiscalização e conduta para a manutenção do sistema de gasômetros são seguidas pela empresa.