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O fundador da rede varejista Ricardo Eletro, Ricardo Nunes, presta depoimento, na manhã desta quinta-feira (9), no inquérito que investiga sonegação de impostos e de lavagem do dinheiro desviado do fisco. O empresário foi preso em São Paulo, e transferido para Minas Gerais.
Ele passou a noite no Centro de Remanejamento de Presos (Ceresp) de Contagem, na Grande BH, e daqui a pouco será conduzido para uma delegacia do município. Os delegados irão ouvir Ricardo às 10 horas. A defesa do suspeito espera que, depois do testemunho, o empresário seja liberado.
"Ele vai prestar depoimento e pode ser que volte para casa na sequência", declarou o advogado Marcelo Leonardo. O defensor revelou que a filha de Ricardo, que também havia sido detida ontem, durante a operação "Direto com o Dono", já está em casa. "Ela colaborou com as investigações e foi liberada ontem mesmo", garantiu.
Um diretor financeiro do grupo também teve a prisão decretada, mas não foi encontrado e estava sendo considerado foragido. Marcelo Leonardo disse que a defesa dele já negociou com a Justiça, e que o suspeito vai se apresentar ainda hoje. "Ele não é mais considerado foragido", declarou.
Sonegação milionária
Conforme as investigações, há quase uma década a Ricardo Eletro cobrava dos consumidores, embutido no preço dos produtos, o ICMS. No entanto, o valor do imposto não era repassado ao Estado. Em novembro do ano passado, quando o Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu apropriação indébita como crime, a rede de lojas passou a ser investigada.
O dano ao erário, de acordo com a força-tarefa que prendeu o empresário, chega a R$ 387 milhões. Em tempos de pandemia, o valor poderia ser destinado, por exemplo, à construção de 73 hospitais de campanha no Estado, similares ao instalado pelo governo mineiro e pela iniciativa privada, desde abril, no Expominas, na capital.
A empresa informou, por nota, que Ricardo Nunes e os familiares não fazem mais parte do quadro de acionistas desde 2019. Além disso, reconheceu parcialmente as dívidas e esclareceu que "antes da pandemia, estava em discussão avançada com o Estado para pagamento dos tributos passados, em consonância com as leis estaduais".
A força-tarefa, no entanto, rechaçou a informação e garantiu que Ricardo Nunes continua à frente da empresa
Bloqueio de bens
Além das prisões, a Justiça autorizou o sequestro de bens avaliados em R$ 60 milhões. Agora, a polícia vai buscar mais patrimônios da família, já que o valor levantado não cobre a quantia sonegada.
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Ele passou a noite no Centro de Remanejamento de Presos (Ceresp) de Contagem, na Grande BH, e daqui a pouco será conduzido para uma delegacia do município. Os delegados irão ouvir Ricardo às 10 horas. A defesa do suspeito espera que, depois do testemunho, o empresário seja liberado.
"Ele vai prestar depoimento e pode ser que volte para casa na sequência", declarou o advogado Marcelo Leonardo. O defensor revelou que a filha de Ricardo, que também havia sido detida ontem, durante a operação "Direto com o Dono", já está em casa. "Ela colaborou com as investigações e foi liberada ontem mesmo", garantiu.
Um diretor financeiro do grupo também teve a prisão decretada, mas não foi encontrado e estava sendo considerado foragido. Marcelo Leonardo disse que a defesa dele já negociou com a Justiça, e que o suspeito vai se apresentar ainda hoje. "Ele não é mais considerado foragido", declarou.
Sonegação milionária
Conforme as investigações, há quase uma década a Ricardo Eletro cobrava dos consumidores, embutido no preço dos produtos, o ICMS. No entanto, o valor do imposto não era repassado ao Estado. Em novembro do ano passado, quando o Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu apropriação indébita como crime, a rede de lojas passou a ser investigada.
O dano ao erário, de acordo com a força-tarefa que prendeu o empresário, chega a R$ 387 milhões. Em tempos de pandemia, o valor poderia ser destinado, por exemplo, à construção de 73 hospitais de campanha no Estado, similares ao instalado pelo governo mineiro e pela iniciativa privada, desde abril, no Expominas, na capital.
A empresa informou, por nota, que Ricardo Nunes e os familiares não fazem mais parte do quadro de acionistas desde 2019. Além disso, reconheceu parcialmente as dívidas e esclareceu que "antes da pandemia, estava em discussão avançada com o Estado para pagamento dos tributos passados, em consonância com as leis estaduais".
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Bloqueio de bens
Além das prisões, a Justiça autorizou o sequestro de bens avaliados em R$ 60 milhões. Agora, a polícia vai buscar mais patrimônios da família, já que o valor levantado não cobre a quantia sonegada.