CENTRO

As ruas do centro de Belo Horizonte estavam apinhadas na manhã desta quinta-feira (6), primeiro dia de reabertura do comércio na capital. Filas dobravam quarteirões em pontos como a Galeria Ouvidor e os shoppings populares Oiapoque e Xavantes mais de uma hora antes do horário determinado pela prefeitura para o início das atividades, às 11h.


A designer de acessórios Luiza Mariana era uma das primeiras da fila na rua São Paulo, onde se reuniam clientes esperando para entrar na galeria Ouvidor, fechada desde março. "Cheguei cedo e pretendo comprar bastante material para trabalhar porque se fechar de novo eu já consigo uma reserva", contou.

O síndico da galeria, Valter Faustino, contou que a expectativa pela reabertura é grande, já que o local esteve fechado por 139 dias, desde 20 de março.

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Consumidores aguardam abertura das lojas /Foto: Alex de Jesus/O TEMPO

 

Na porta, seguranças controlavam a entrada e mediam a temperatura dos clientes. "Todos precisarão higienizar as mãos e ter a temperatura medida, e só 300 pessoas poderão estar simultaneamente dentro da galeria", explicou Faustino, detalhando as medidas de segurança adotadas para a reabertura.

Gilson Almeida, de 30 anos, estava na fila para entrar no Oiapoque. "Estou precisando comprar algumas coisas e minha esposa disse que abriu hoje e eu vim aproveitar", explicou. Gilson estava entre os primeiros da fila, que já tinha dezenas de pessoas também esperando a abertura do centro comercial.

O desejo do gerente de uma loja de roupas Leandro Ferreira era, nas palavras dele, "soltar rojões de felicidade". Mesmo que a abertura não seja capaz de compensar o prejuízo acumulado, ele afirma que já é suficiente para dar um fôlego ao negócio. "É pra gente ver que vai dar tudo certo, que vamos conseguir", comentou.

Fiscalização 

A Guarda Municipal de Belo Horizonte está com quase 100% de seu efetivo nas ruas para trabalhar na fiscalização. Segundo o subinspetor Fernando Alonso, da GMBH, servidores administrativos e da corregedoria foram deslocados para ajudarem nos trabalhos de combate à pandemia.

Pontos de comércio mais conhecidos terão fiscalização reforçada. "Hipercentro e locais como a avenida Úrsula Paulino, na região Oeste; Barreiro e Venda Nova são alguns dos pontos de atenção", exemplificou Alonso.

As consequências do descumprimento das normas impostas pela PBH continuam as mesmas de antes. "Se descumprir, vamos orientar o comerciante, e em caso de reincidência, o alvará pode ser suspenso", explicou o subinspetor.

O comércio de rua da cidade tem permissão para funcionar entre 11h e 19h a partir desta quinta até sábado (8). Depois, os estabelecimentos só poderão abrir as portas a partir da próxima quarta-feira, com horários e dias diferenciados dependendo do setor.