Minas 247 – O governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, do PT, atribui a crise orçamentária do estado ao cerco que vem sendo promovido por Michel Temer, que tem se reunido com frequência com o senador Aécio Neves (PSDB-MG); "A gente não consegue avançar com o governo, esse desastre chamado Temer. Fomos vítimas de um cerco brutal do governo federal. Estamos tendo que enfrentar esse déficit com os recursos disponíveis. E aí sou obrigado a parcelar os salários", diz ele, em entrevista a Carolina Linhares. "Estamos dizendo a verdade para as pessoas e praticando o que é possível numa situação de crise tão devastadora. Não temos tido apoio do governo federal para nada. O estado está numa situação de completo desequilíbrio orçamentário. O grande problema de Minas e da maioria dos estados e da União é a Previdência pública. Sem ela, teríamos superávit de R$ 7 bilhões no ano passado. Com ela, há déficit de R$ 9 bilhões. Tem que tirar dinheiro de imposto para pagar a folha de aposentados, o que não é justo", afirma.
Pimentel garante que será competitivo nas eleições de 2018. "Temos um governo honesto, que está fazendo o possível nessa situação e mantendo o estado funcionando. O problema é que a crise é mais visível do que as coisas boas. Com a crise toda, eu ainda estou lá em cima nas pesquisas. O mineiro é burro? Não, ele reconhece que muita coisa mudou pra melhor. Fragilizado está quem vai ter que explicar o que fez no governo nas vacas gordas e poderia ter deixado o estado numa situação muito melhor.
O governador também fez uma análise sobre o quadro nacional. "Se Lula for impedido, lá na frente, vamos ver o que fazer. O campo democrático-popular terá um candidato. Já tem a Manuela D'Ávila (PC do B), o Guilherme Boulos (PSOL), o Ciro Gomes (PDT). Pode ser que tenha mais um ou pode ser que um desses seja apoiado pelo presidente Lula. Essa eleição vai ter um candidato com apoio explícito de Lula e acho que será eleito."