Segundo o governador, o Estado paga o preço de ter o sistema penitenciário mais rigoroso do país; ações da polícia devem dar resultados nos próximos dias
O governador Fernando Pimentel se reuniu nesta terça-feira (5/6), no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, com os chefes das forças de segurança do Estado para discutir as ações que estão sendo tomadas para coibir ataques a ônibus em Minas Gerais, que se intensificaram nos últimos três dias, principalmente, nas regiões Sul e Triângulo. De acordo com o governador, a Polícia Militar, a Polícia Civil e a Polícia Federal em Minas Gerais já identificaram que os atos foram realizados por facções criminosas e que o Estado paga o preço por ter um dos sistemas penitenciários mais rigorosos do país.
“Aqui nós não afrouxamos o sistema carcerário para nenhuma organização criminosa. E é por isso que nós estamos pagando esse preço, sofrendo ameaças e sendo atacados. A política carcerária em Minas é uma política que cumpre rigorosamente a lei. Estamos tomando todas as providências para coibir esse tipo de crime”, afirmou o governador durante coletiva a imprensa. No Estado, foram registrados 51 queimas de veículos em 26 municípios.
Fernando Pimentel ressaltou que as investigações correm em sigilo e uma força-tarefa já está atuando junto ao setor de inteligência das corporações. Uma das estratégias, segundo ele, é camuflar agentes à paisana em ônibus. A Polícia Militar também já reforçou o policiamento nas ruas nas regiões em que ocorreram os ataques.
“Fora isso, eu quero pedir à população que fique atenta, acione a Polícia Militar pelo número 190 a qualquer indício ou ato suspeito. Nós estamos atuando com todo o efetivo, tanto da Polícia Militar quanto da Polícia Civil, e com o apoio da Polícia Federal, e vamos trabalhar para que a gente possa evitar que Minas Gerais sofra mais este tipo de sobressalto. Volto a dizer: estamos pagando um preço porque nós temos um sistema prisional que atua com rigor. Então, quero dar essa palavra de tranquilidade à população”, finalizou.
O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Helbert Figueiró de Lourdes salientou o trabalho realizado pela corporação para identificar os criminosos. “Nós estamos trabalhando para a construção de uma inteligência eficiente, com a coleta de dados de todas as pessoas presas para que a gente consiga chegar à célula dessas organizações criminosas que estão motivando e determinando esses eventos em Minas Gerais”, destacou.
O secretário de Estado de Segurança Pública, Sérgio Menezes, e o superintendente da Polícia Federal em Minas Gerais, delegado Rodrigo de Melo Teixeira também participaram da reunião.