Os quatro são alunos da universidade Federal de Juiz de Fora e são suspeitos de terem depredado a Igreja de Nossa Senhora do Carmo e a Estação Ferroviária
Um grupo de quatro estudantes do curso de teatro da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) foi detido nesta madrugada (27) pela Polícia Militar suspeitos de terem pichado os muros de vários edifícios que são parte do patrimônio histórico de São João Del Rei, onde fazem faculdade.
Depois de uma denúncia anônima, às 2h30 a PM encontrou os quatro jovens na Rua Antônio Rocha, no Centro, a apenas alguns metros depois de o muro da Estação Ferroviária de onde parte a Maria-Fumaça turística para o distrito de Tiradentes ter sido rabiscado com tinta spray.
De acordo com o delegado de plantão da 3ª Delegacia Regional de São João Del Rei, Rodrigo Crivellari, os estudantes tinham latas de spray da mesma cor das pichações e as mãos deles também estavam sujas de tinta. Os quatro foram autuados e serão investigados. Eles tiveram seus telefones celulares apreendidos para que a perícia possa procurar por mensagens ou imagens que possa ligá-los ao crime.
Outras inscrições na parede do templo do século 18(foto: Polícia Militar/Divulgação)
Poucas horas antes, a Igreja de Nossa Senhora do Carmo também foi pichada e a polícia acredita que o mesmo grupo possa ter participado do ato de vandalismo. Foram detidos um homem e três mulheres. A Polícia Civil passou apenas as iniciais do grupo por não tê-los preso em flagrante, devido à lei eleitoral: A.C.P., de 22 anos, A.H.R., de 25 anos, A.L.A.G., de 20 anos e F.D.R.O., de 26 anos, todos oriundos de outros municípios, mas que estudam na cidade histórica. “Temos enfrentado muitos problemas com esses estudantes que vêm de fora e causam problemas para nós (polícia e cidadãos de São João Del Rei) aqui”, afirma o delegado.Quatro jovens vão ser investigados pelas pichações(foto: Polícia Militar/Divulgação)
De acordo com o policial, no entanto, o grupo não tinha passagens anteriores pela polícia e será necessário uma investigação em conjunto com a Delegacia de Crimes contra o meio Ambiente e o Patrimônio Histórico para saber se os quatro estão ligados a outros tipos de vandalismo naquele município.
Segundo o delegado, os jovens poderão responder pelos crimes de pichação (Lei dos Crimes Ambientais e que estipula pena de detenção de 3 meses a 1 ano e multa), depredação do patrimônio histórico (pena de 6 meses a 3 anos e multa) e associação criminosa (artigo 288 do Código Penal que pune a associação de três ou mais pessoas para cometimento de crimes com pena de 1 ano a 3 anos de reclusão). Os quatro negaram qualquer envolvimento com os crimes.
Segundo o delegado, os jovens poderão responder pelos crimes de pichação (Lei dos Crimes Ambientais e que estipula pena de detenção de 3 meses a 1 ano e multa), depredação do patrimônio histórico (pena de 6 meses a 3 anos e multa) e associação criminosa (artigo 288 do Código Penal que pune a associação de três ou mais pessoas para cometimento de crimes com pena de 1 ano a 3 anos de reclusão). Os quatro negaram qualquer envolvimento com os crimes.
Muro da Estação ferroviária também foi alvo de vandalismo(foto: Polícia Militar/Divulgação)
Nas paredes da igreja, as pichações foram frases, como “sonhos podem se realizar” e “somos netas das bruxas”. O templo é um dos mais antigos e imponentes da região, em estilo rococó e foi abençoado em 1734, sendo tombado em 1938 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Nos muros da estação ferroviária foram pichadas as inscrições: “Lésbicas Latinas Guerreiras Imortais”.