Alvo prioritário da vacinação contra a dengue, crianças de 10 e 11 anos foram até o Centro de Saúde Menino Jesus, no bairro Santo Antônio, região Centro-Sul de Belo Horizonte, nesta terça-feira (27), para tomar a primeira dose do imunizante.

Davi Carvalho Reis, de 11 anos, foi levado pela mãe e, mesmo nunca tendo contraído a doença, mostrou maturidade ao falar da importância de se vacinar. “Tem que se proteger, e eu estou protegido. Com a vacina, a chance de pegar é menor, e se pegar não fica tão grave”, afirmou. A mãe dele, Estael Carvalho, 46, disse que além de vacinar, é importante outros cuidados para evitar a doença. "Em casa compramos repelente e instalamos redes de proteção nas janelas, entre outras medidas", detalhou.

Segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde (SES), crianças e adolescentes representam praticamente um a cada quatro casos confirmados da doença em Minas. Até a segunda-feira (26), pelo menos 22.950 mineiros com até 19 anos foram infectados pelo Aedes aegypti este ano, o que representa 23,17% do total de contaminados. Desses, a maioria tem 10 anos ou mais, faixa etária que engloba os primeiros grupos a serem imunizados. 

Daniel Bastos, também de 11 anos, disse ter se sentido motivado a se vacinar a partir do depoimento de primos e tios, que já contraíram a doença. “Estou feliz de tomar a vacina pois diminui as minhas chances de ter a doença. Minha tia e meus primos já tiveram dengue e me disseram que é muito ruim”, contou.

Como vacinar?
A Qdenga estará disponível nos 152 centros de saúde da capital, distribuídos nas nove regionais. Para receber o imunizante, é necessário que as crianças estejam com os pais ou responsáveis legais. Também é preciso apresentar, preferencialmente, o documento de identificação com foto ou certidão de nascimento, CPF, comprovante de endereço e cartão de vacina.

A dose contra a dengue pode ser administrada simultaneamente com as demais vacinas do calendário infantil. Porém, quem teve diagnóstico recente da doença deve aguardar seis meses, após o início dos sintomas, para iniciar o esquema vacinal. Caso a infecção pelo vírus ocorra após o recebimento da primeira dose, não há alteração no intervalo entre as aplicações, desde que a segunda dose não seja aplicada em um período inferior a 30 dias do início da doença.
O endereço e o horário de funcionamento de todos os centros de saúde podem ser encontrados neste link.

*Estagiário sob supervisão de Gledson Leão