JUSTIÇA DECRETOU PRISÃ
Todos já tinham sido presos após o rompimento da barragem I da mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, na região metropolitana da capital, no dia 25 de janeiro
Onze dos 13 funcionários da Vale e da TÜV SÜD que devem voltar a cumprir prisão temporáriapor determinação da Justiça se apresentaram, na manhã desta quinta-feira (14), no Departamento do Meio Ambiente da Polícia Civil, na região Centro-Sul de Belo Horizonte.
Todos já tinham sido presos após o rompimento da barragem I da mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, na região metropolitana da capital, ocorrido no dia 25 de janeiro.
O primeiro grupo de funcionários da Vale e dois engenheiros da TÜV SÜD, que atestaram a segurança da barragem, foram presos no dia 29 de janeiro, quatro dias após o desastre, e soltos no dia 5 de fevereiro. O segundo grupo foi detido em 15 de fevereiro e liberado dia 27 do mesmo mês.
Na decisão dessa quarta-feira, por unanimidade, a 7ª Câmara Criminal negou os habeas corpus dos investigados. Em sua decisão, o relator do processo, desembargador Marcílio Estáquio Santos, afirmou que "a prisão temporária é necessária ao bom andamento do inquérito policial no qual, frisa-se, apura delito de elevada gravidade concreta". Após a decisão, as ordens judiciais foram encaminhadas à Polícia Civil para que sejam cumpridas.
Também por unanimidade, a Justiça negou o pedido de duas funcionárias que solicitaram a prisão domiciliar. A defesa alegou que elas podem receber o benefício por terem filhos menores de 12 anos, mas os argumentos foram negados.
105 ainda estão desaparecidos
De acordo com o último balanço divulgado pelo Estado, 203 óbitos foram confirmados e 105 vítimas do rompimento da barragem seguem desaparecidas.
Uma coletiva de imprensa da Polícia Civil está prevista para o início desta tarde.