INVESTIGAÇÃO

O avião bimotor que decolou de Governador Valadares, no Vale do Rio Doce mineiro, e caiu em uma área de mata entre Garuva e Itapoá, na região Norte de Santa Catarina, nesta terça-feira (4) pertence a uma empresa de Belo Horizonte. Conforme informações da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a proprietária da aeronave é a empresa Conserva de Estradas LTDA, com sede na capital mineira. 

Entre os destroços, dois corpos foram localizados. A identidade das vítimas não foi detalhada. As causas da queda serão investigadas pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), órgão central do Sistema de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SIPAER).
 
Investigadores seguem, nesta manhã, de Brasília para o município de São Francisco do Sul (SC), onde vão iniciar os trabalhos para tentar identificar o que aconteceu. "Na Ação Inicial são utilizadas técnicas específicas, conduzidas por pessoal qualificado e credenciado que realiza a coleta e a confirmação de dados, a preservação dos elementos, a verificação inicial de danos causados à aeronave, ou pela aeronave, e o levantamento de outras informações necessárias à investigação", informou o Cenipa em nota. 

A queda do avião

Destroços da aeronave foram encontrados em uma área de mata entre as cidades de Garuva e Itapoá, na madrugada de hoje. Segundo o Corpo de Bombeiros, a aeronave estava próximo a uma ribanceira. Uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) equipada com radar e equipes dos bombeiros por terra localizaram os destroços.

Em nota, a FAB informou que o avião desaparecido tem matrícula PS-BDW, em nome de uma empresa de Belo Horizonte. Trata-se de um modelo BEECH AIRCRAFT, bimotor, com capacidade para 6 pessoas incluindo piloto. Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), a aeronave não pode realizar táxi aéreo e está com a situação de aeronavegabilidade regular.

Veja abaixo nota da FAB

"A Força Aérea Brasileira (FAB) informa que foi notificada, nesta segunda-feira (03/06), a respeito do desaparecimento da aeronave de matrícula PS-BDW, em Santa Catarina (SC). Uma aeronave SC-105 Amazonas, do Segundo Esquadrão do Décimo Grupo de Aviação (2°/10° GAV) – Esquadrão Pelicano, e um helicóptero H-36 Caracal, do Terceiro Esquadrão do Oitavo Grupo de Aviação (3°/8° GAV) – Esquadrão Puma, foram acionados para iniciar as buscas, que são coordenadas pelo SALVAERO Curitiba.

Saiba mais sobre o SC-105 Amazonas

O SC-105 Amazonas possui um radar capaz de realizar buscas sobre terra ou mar, com alcance de até 360 quilômetros. Um sistema de comunicação via satélite também permite o contato com outras aeronaves ou centros de coordenação de salvamento (Salvaero), mesmo em voos a baixa altura.

A aeronave ainda conta com um sistema eletro-óptico de busca por imagem e por espectro infravermelho. Isso permite realizar buscas pelo calor, permitindo detectar, por exemplo, uma aeronave encoberta pela vegetação ou uma pessoa no mar.

Com capacidades avançadas e tecnologia de ponta, o SC-105 Amazonas da FAB tem definido padrões para missões de busca e salvamento, servindo como uma plataforma robusta para operações SAR."

A reportagem entrou em contato com a empresa proprietária do avião e aguarda retorno.

 

Fonte:hojeemdia.com.br