ECONOMIA

Minas Gerais é o estado que mais emprega no Sudeste com 6,8% de desocupação no primeiro trimestre de 2023 enquanto o Rio de Janeiro com a vaga do que menos apresenta oportunidade de emprego, com uma taxa de desocupação de 11,6%, seguido por São Paulo, com taxa de 8,5% e do Espírito Santo, com 7% de desocupados. É o que aponta a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua Trimestral realizadapelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada no final de maio.

A maior empregabilidade apresentada por Minas Gerais se deve, de acordo com levantamento realizado pelo Sebrae Minas, com base no Cadastro Geral dos Empregados e Desempregados (NovoCaged), à boa fase das micro e pequenas empresas, que no mês de abril foram responsáveis por 69,8% das vagas de emprego no Estado. O estudo mostra que em Montes Claros, a atividade de teleatendimento foi o setor que mais empregou, absorvendo 516 desocupados,sendo 191 do sexo masculino e 338 do sexo feminino, enquanto a construção de edifícios admitiu 132 e desligou 229, todos do sexo masculino.

Os dados apresentados pela construção civil se repetem no quadro geral de empregabilidade em Montes Claros. No mês de abril foram admitidos 1.903 trabalhadores (54,9%) e demitidos 1.912 (55,8%), já trabalhadoras foram admitidas 1.562 (45,1%) e demitidas 1.516 (44,2%), gerando um saldo negativo de -9 postos de trabalho ocupados por trabalhadores do sexo masculino e um saldo positivo de +46 postos ocupados por trabalhadoras do sexo feminino.

Os números, reforçados pelo Boletim Informativo do Mercado de Trabalho Formal de Montes Claros, realizado pela UNIMONTES, que aponta que de março para abril houve uma retração no volume de contratações e desligamentos na cidade, colocam Montes Claros na contramão do cenário de empregabilidade apresentado por Minas Gerais. No período a queda foi de 20% para ambos os dados, provocando um saldo de negativo de menos 5 postos de trabalho em 2023. “Reverte-se assim a evolução observada em 2022 quando opercentual de crescimento do saldo de Montes Claros era superior ao de todos os demais cenários”, explica o professor do Mestrado de Desenvolvimento Econômico e Coordenador do Observatório do Trabalhodo Norte de Minas, Roney Sindeaux. 

Para quem está em busca de uma vaga no mercado de trabalho em Montes Claros e não tem relação com os setores que estão com boa empregabilidade, as notícias não trazem esperança. É o caso, da bacharel em ciências biológicas, Patrícia Souto, que mesmo buscando vagas em outras áreas ainda não foi contratada. “Os empregadores exigem tantas habilidades que fica difícil ser chamada até mesmo para uma entrevista. A minha área (professora) é muito concorrida e desleal, pois, quem está no estado, consegue também no município, tirando a oportunidades de outros. E fora da minhaa érea também está um poucocomplicado,porquedistribui vários currículos e nunca me chamaram”, diz desanimada.

 

Fonte: onorte.net