REGIÃO DO RIO DOCE
Crime não teria ligação com a greve; segundo sua mulher, empresário era ameaçado por um agiota que cobrava dívida de R$ 100 mil
A Polícia Civil abriu inquérito para apurar a morte de Mauricio Miranda Silva, de 48 anos, assassinado a tiros, nessa sexta-feira (1º), em Governador Valadares, na região do Rio Doce. A princípio, nada foi levado da vítima.
De acordo com o boletim de ocorrência da Polícia Militar, o homem, que era dono de uma transportadora na cidade, foi abordado por um homem no momento em que saía de casa, no bairro Grã Duquesa. A vítima foi atingida com três tiros nas costas, peito e cabeça.
Em conversa com os militares, a companheira de Maurício contou que o marido devia mais de R$ 100 mil a agiotas e já tinha afirmado em data anterior que estava sendo ameçado.
Uma outra informação passada à polícia pela mulher foi que o marido teria participado, apoiando funcionários, durante a greve de caminhoneiros da cidade nos últimos dias.
No entanto, ainda não é possível fazer ligação do crime com as informações passadas pelos familiares. Imagens de câmeras de segurança da região mostraram que o atirador chegou próximo ao empresário a pé, e fugiu na garupa de uma motocicleta.
Militares fizeram buscas na área, mas nenhum suspeito foi identificado ou localizado. A previsão é que o corpo de Maurício seja sepultado às 15 deste sábado (2), na cidade de Ervália, na Zona da Mata.
Família diz que empresário não teve problemas durante protestos
Em conversa com a reportagem de O TEMPO, familiares da vítima contaram que o empresário deu apoio aos caminhoneiros durante quatro dias de protesto e não teve nenhum problema.
"Ele, como tinha uma transportadora, deu apoio aos funcionários. Mas não ficamos sabendo de nenhum problema durante os protestos", contou um primo da mulher do empresário, sob anonimato.
Fonte: O TEMPO