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Segundo o levantamento, 15,3% dos entrevistados afirmaram que talvez votem, enquanto 5,6% descartam totalmente a possibilidade de participar do processo eleitoral. Outros 1,4% dos eleitores disseram não saber se registrarão o voto. Somados, os grupos que não dão como certa a presença nas urnas representam 22,3% do eleitorado belo-horizontino. A margem de erro é de 2,83 pontos percentuais para mais ou para menos. Os primeiros resultados dessa edição da pesquisa foram divulgados no início da semana, na terça-feira (11).
Por outro lado, o levantamento aponta que 77,5% da população apta a votar em Belo Horizonte dá como certo o registro do voto em outubro. A certeza de comparecimento nas urnas é maior que a média entre os eleitores com ensino superior (86,9%) e menor entre aqueles com 60 anos ou mais (70,3%) e escolaridade baixa (69,3%) e moradores da região de Venda Nova (68,9%).
Segundo a cientista social Bruna Assis, que é analista de pesquisas do instituto DATATEMPO, os índices registrados entre os grupos pesquisados reforçam estatísticas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que indicam que “a abstenção eleitoral tende a ser mais elevada entre eleitores com menor nível de escolaridade e renda, possivelmente devido às dificuldades adicionais enfrentadas por esses grupos para se locomoverem até os locais de votação”.
Por outro lado, no caso do grupo de eleitores com 60 anos ou mais, a especialista explica que “a ausência eleitoral pode ser atribuída à não obrigatoriedade do voto para parte da população nessa faixa etária” – no Brasil, o voto é facultativo para pessoas com mais de 70 anos.
Outros fatores
A analista de pesquisas ressalta, porém, que diversos outros fatores podem influenciar a decisão do eleitor de comparecer ou não às urnas. Entre eles, Bruna explica que podem pesar, por exemplo, o cenário de polarização política, o contexto econômico e até mesmo a dificuldade dos órgãos públicos de promover campanhas efetivas para conscientizar a população sobre a importância do voto.
“Em situações em que um candidato parece ter uma vantagem clara, alguns eleitores podem se abster, acreditando que seu voto não terá impacto significativo no resultado. Em contrapartida, em momentos de grande polarização, os eleitores podem se sentir mais motivados a votar, buscando uma vitória sobre o oponente, embora outros possam ser desencorajados por receios de conflitos políticos. No que diz respeito ao contexto econômico, se houver insatisfação generalizada com a administração vigente, os eleitores podem se sentir mais inclinados a buscar mudanças do que em períodos de estabilidade”, pondera Bruna.
Em suma, a pesquisadora reforça que os fatores que afetam o comparecimento dos eleitores são variados e podem diferir de uma eleição para outra. “É difícil identificar uma única variável responsável por esse fenômeno (de não ir às urnas para registrar o voto)”, exemplifica a analista da DATATEMPO.
Abstenção e consequências
O índice de abstenção eleitoral é calculado como o percentual de eleitores que, mesmo tendo direito ao voto, não se apresentam às urnas no dia da eleição. É diferente dos casos em que o eleitor vai até a seção eleitoral, mas vota em branco ou nulo.
Quem não comparece às zonas eleitorais no dia das eleições, sem justificar com alguma causa legítima, fica impedido de exercer alguns direitos, como se inscrever em concurso público, ser empossado em cargo público, obter carteira de identidade ou passaporte ou obter empréstimos em bancos oficiais.
Metodologia
A pesquisa DATATEMPO foi contratada pela Sempre Editora. Foram realizadas 1.200 entrevistas domiciliares, de 31 de maio a 3 de junho de 2024. A margem de erro é de 2,83 pontos percentuais, e o nível de confiança é de 95%. O registro da pesquisa junto ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) é MG-06115/2024.
Em 2020, índice de abstenção na capital mineira foi de 28,34%
O percentual de abstenções nas últimas eleições municipais, em 2020, chegou a 28,34% em Belo Horizonte, conforme dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Isso significa que pouco mais de 550 mil eleitores deixaram de comparecer às urnas no pleito que reelegeu Alexandre Kalil (PSD) como prefeito e escolheu os 41 vereadores da Câmara Municipal de BH.
Um levantamento realizado, em maio, pelo jornal O TEMPO também revelou que desde 1992 – ano em que o sistema de dois turnos nas eleições majoritárias foi implantado nos pleitos municipais – a abstenção quase triplicou na capital. Os dados, obtidos junto ao TSE, levam em consideração os números do primeiro turno.
O levantamento também mostrou que Belo Horizonte foi a sétima capital do país com o maior número de abstenções eleitorais em 2020.
A recordista no primeiro turno foi Porto Alegre (RS), com 33,1%, seguida pelo Rio de Janeiro (RJ), com 32,8%. Em 2016, a capital mineira ficou em segundo lugar no ranking, com 22,77%, atrás apenas do Rio de Janeiro, que teve 24,28%.
Vale ressaltar que as eleições municipais de 2020 ocorreram no contexto da pandemia de Covid-19, mas, ainda assim, o percentual de abstenções seguiu tendência observada no decorrer das últimas décadas, conforme levantamento de O TEMPO (CS, com Marco Antônio Astoni)
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Dois em cada dez eleitores de Belo Horizonte não têm certeza ou declaram que não vão votar de jeito nenhum no dia 6 de outubro, data do primeiro turno das eleições municipais para os cargos de prefeito e vereadores da capital mineira. É o que aponta a nova rodada da pesquisa DATATEMPO ao analisar o cenário para o pleito em BH.
Segundo o levantamento, 15,3% dos entrevistados afirmaram que talvez votem, enquanto 5,6% descartam totalmente a possibilidade de participar do processo eleitoral. Outros 1,4% dos eleitores disseram não saber se registrarão o voto. Somados, os grupos que não dão como certa a presença nas urnas representam 22,3% do eleitorado belo-horizontino. A margem de erro é de 2,83 pontos percentuais para mais ou para menos. Os primeiros resultados dessa edição da pesquisa foram divulgados no início da semana, na terça-feira (11).
Por outro lado, o levantamento aponta que 77,5% da população apta a votar em Belo Horizonte dá como certo o registro do voto em outubro. A certeza de comparecimento nas urnas é maior que a média entre os eleitores com ensino superior (86,9%) e menor entre aqueles com 60 anos ou mais (70,3%) e escolaridade baixa (69,3%) e moradores da região de Venda Nova (68,9%).
Segundo a cientista social Bruna Assis, que é analista de pesquisas do instituto DATATEMPO, os índices registrados entre os grupos pesquisados reforçam estatísticas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que indicam que “a abstenção eleitoral tende a ser mais elevada entre eleitores com menor nível de escolaridade e renda, possivelmente devido às dificuldades adicionais enfrentadas por esses grupos para se locomoverem até os locais de votação”.
Por outro lado, no caso do grupo de eleitores com 60 anos ou mais, a especialista explica que “a ausência eleitoral pode ser atribuída à não obrigatoriedade do voto para parte da população nessa faixa etária” – no Brasil, o voto é facultativo para pessoas com mais de 70 anos.
Outros fatores
A analista de pesquisas ressalta, porém, que diversos outros fatores podem influenciar a decisão do eleitor de comparecer ou não às urnas. Entre eles, Bruna explica que podem pesar, por exemplo, o cenário de polarização política, o contexto econômico e até mesmo a dificuldade dos órgãos públicos de promover campanhas efetivas para conscientizar a população sobre a importância do voto.
“Em situações em que um candidato parece ter uma vantagem clara, alguns eleitores podem se abster, acreditando que seu voto não terá impacto significativo no resultado. Em contrapartida, em momentos de grande polarização, os eleitores podem se sentir mais motivados a votar, buscando uma vitória sobre o oponente, embora outros possam ser desencorajados por receios de conflitos políticos. No que diz respeito ao contexto econômico, se houver insatisfação generalizada com a administração vigente, os eleitores podem se sentir mais inclinados a buscar mudanças do que em períodos de estabilidade”, pondera Bruna.
Em suma, a pesquisadora reforça que os fatores que afetam o comparecimento dos eleitores são variados e podem diferir de uma eleição para outra. “É difícil identificar uma única variável responsável por esse fenômeno (de não ir às urnas para registrar o voto)”, exemplifica a analista da DATATEMPO.
Abstenção e consequências
O índice de abstenção eleitoral é calculado como o percentual de eleitores que, mesmo tendo direito ao voto, não se apresentam às urnas no dia da eleição. É diferente dos casos em que o eleitor vai até a seção eleitoral, mas vota em branco ou nulo.
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A pesquisa DATATEMPO foi contratada pela Sempre Editora. Foram realizadas 1.200 entrevistas domiciliares, de 31 de maio a 3 de junho de 2024. A margem de erro é de 2,83 pontos percentuais, e o nível de confiança é de 95%. O registro da pesquisa junto ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) é MG-06115/2024.
Em 2020, índice de abstenção na capital mineira foi de 28,34%
O percentual de abstenções nas últimas eleições municipais, em 2020, chegou a 28,34% em Belo Horizonte, conforme dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Isso significa que pouco mais de 550 mil eleitores deixaram de comparecer às urnas no pleito que reelegeu Alexandre Kalil (PSD) como prefeito e escolheu os 41 vereadores da Câmara Municipal de BH.
Um levantamento realizado, em maio, pelo jornal O TEMPO também revelou que desde 1992 – ano em que o sistema de dois turnos nas eleições majoritárias foi implantado nos pleitos municipais – a abstenção quase triplicou na capital. Os dados, obtidos junto ao TSE, levam em consideração os números do primeiro turno.
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A recordista no primeiro turno foi Porto Alegre (RS), com 33,1%, seguida pelo Rio de Janeiro (RJ), com 32,8%. Em 2016, a capital mineira ficou em segundo lugar no ranking, com 22,77%, atrás apenas do Rio de Janeiro, que teve 24,28%.
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