array(31) {
["id"]=>
int(159070)
["title"]=>
string(83) "Doação de peixe em BH garante item 'sumido' da mesa de muitos: 'É uma maravilha'"
["content"]=>
string(5567) "SOLIDARIEDADE
Há 31 anos é tradição. Na manhã de Sexta-feira da Paixão, centenas de pessoas se reúnem no bairro Bonfim para a distribuição gratuita de peixes que ocorre na região Noroeste de Belo Horizonte. Cada pessoa recebe 2,5 kg do pescado, que garante a refeição para muitos. A procura é tamanha que a fila chegou a dobrar o quarteirão na rua Bonfim alcançando a avenida Pedro II.
A aposentada Maria de Fátima da Silva, de 79 anos, foi a primeira da fila. Junto com o companheiro José Cícero da Silva, de 78, ela chegou na manhã de quinta-feira (28 de março), vindo de Venda Nova, para garantir o peixe para toda a família. Eles dormiram em papelão durante a noite.
“A doação é muito importante. Vou fazer uma panelona de moqueca para meus dez netos, três bisnetos e filhos. É bom demais. Uma bênção. Todo ano venho. Não falho de jeito nenhum. Só tenho que agradecer por essa bondade que é feita na Sexta-feira da Paixão”, disse sorridente.
Atualmente desempregada, Patrícia Gaspar Moisés, de 53 anos, confessou que não se recorda da última vez que comeu peixe. Por isso, a ação desta sexta “caiu dos céus”, conforme referiu.
“Estamos na época da Páscoa de Jesus, momento de solidariedade. Isso que está acontecendo é fundamental. Posso falar a verdade? Tem anos que não como peixe. Não teria almoço hoje se não tivesse esta doação, ou seja, isso aqui é um acesso à alimentação. Ter o que comer é uma maravilha”, disse após ficar por quase 24 horas na fila.
O autônomo Horácio Martins dos Reis, de 60 anos, classificou a doação dos peixes como de “grande valia”. “Vai nos ajudar bastante, pois tudo está muito caro. Graças a Deus que temos pessoas de bom coração. A situação não está nada fácil. O sentimento que tenho em meu coração é de gratidão diante de tanta bondade. Mesmo nas dificuldades, agradeço por ter a minha família, amigos e por encontrar pessoas solidárias”.
Vinda de Ribeirão das Neves, na região metropolitana de Belo Horizonte, a diarista Maura Oliveira Gomes, de 42 anos, foi buscar os peixes pensando nos filhos. “Não estou conseguindo emprego fixo e sequer faxinas. Tenho vivido com a ajuda das pessoas para sustentar meus três filhos. Necessito muito [da doação dos peixes]. Estou agradecida. O mundo precisa mais disso: de um olhar para o outro e ajudar”, afirma.
‘É gratificante’, diz idealizador
O peixe doado neste ano foi o xinxarro. A ação é idealizada pelo empresário Afonso Teixeira, que afirma que o gesto nobre deixa o coração repleto de gratidão. “Poder proporcionar este momento é uma dádiva em minha vida. É gratificante. Desde criança aprendi que a Sexta-feira da Paixão é um dia de doação. Lembro que quando abri a peixaria na região, muitas pessoas passavam pedindo ajuda. Aí pensei em fazer todo ano nesta data”.
Organizar o evento requer organização, seja para adquirir o pescado e para montar a logística de entrega com os funcionários. “Eu fico muito preocupado até chegar o dia e tudo dê certo. São muitas pessoas para serem assistidas. Neste ano tivemos dificuldade por falta de peixe, mas, na última hora, Deus deu um jeitinho e conseguimos”, comenta.
A quantidade de peixes doados não foi divulgada pelos organizadores. Fato é, conforme diz Afonso, fazendo uma analogia com uma passagem bíblica: “Aqui acontece o milagre da multiplicação dos peixes”.
otempo.com.br
"
["author"]=>
string(15) " Vitor Fórneas"
["user"]=>
NULL
["image"]=>
array(6) {
["id"]=>
int(613824)
["filename"]=>
string(15) "peixegratis.jpg"
["size"]=>
string(6) "214082"
["mime_type"]=>
string(10) "image/jpeg"
["anchor"]=>
NULL
["path"]=>
string(19) "mmarquivo/espoortt/"
}
["image_caption"]=>
string(100) "Maria de Fátima levou o peixe para casa após ficar 24 horas na fila — Foto: Videopress produtora"
["categories_posts"]=>
NULL
["tags_posts"]=>
array(0) {
}
["active"]=>
bool(true)
["description"]=>
string(136) "Ação acontece há 31 anos no bairro Bonfim e reúne centenas de pessoas em busca do pescado
"
["author_slug"]=>
string(13) "vitor-forneas"
["views"]=>
int(69)
["images"]=>
NULL
["alternative_title"]=>
string(0) ""
["featured"]=>
bool(false)
["position"]=>
int(0)
["featured_position"]=>
int(0)
["users"]=>
NULL
["groups"]=>
NULL
["author_image"]=>
NULL
["thumbnail"]=>
NULL
["slug"]=>
string(75) "doacao-de-peixe-em-bh-garante-item-sumido-da-mesa-de-muitos-e-uma-maravilha"
["categories"]=>
array(1) {
[0]=>
array(9) {
["id"]=>
int(435)
["name"]=>
string(5) "Minas"
["description"]=>
NULL
["image"]=>
NULL
["color"]=>
string(7) "#a80000"
["active"]=>
bool(true)
["category_modules"]=>
NULL
["category_models"]=>
NULL
["slug"]=>
string(5) "minas"
}
}
["category"]=>
array(9) {
["id"]=>
int(435)
["name"]=>
string(5) "Minas"
["description"]=>
NULL
["image"]=>
NULL
["color"]=>
string(7) "#a80000"
["active"]=>
bool(true)
["category_modules"]=>
NULL
["category_models"]=>
NULL
["slug"]=>
string(5) "minas"
}
["tags"]=>
NULL
["created_at"]=>
object(DateTime)#539 (3) {
["date"]=>
string(26) "2024-03-29 12:04:54.000000"
["timezone_type"]=>
int(3)
["timezone"]=>
string(13) "America/Bahia"
}
["updated_at"]=>
object(DateTime)#546 (3) {
["date"]=>
string(26) "2024-03-29 12:04:54.000000"
["timezone_type"]=>
int(3)
["timezone"]=>
string(13) "America/Bahia"
}
["published_at"]=>
string(25) "2024-03-29T12:00:00-03:00"
["group_permissions"]=>
array(4) {
[0]=>
int(1)
[1]=>
int(4)
[2]=>
int(2)
[3]=>
int(3)
}
["image_path"]=>
string(34) "mmarquivo/espoortt/peixegratis.jpg"
}
SOLIDARIEDADE
Há 31 anos é tradição. Na manhã de Sexta-feira da Paixão, centenas de pessoas se reúnem no bairro Bonfim para a distribuição gratuita de peixes que ocorre na região Noroeste de Belo Horizonte. Cada pessoa recebe 2,5 kg do pescado, que garante a refeição para muitos. A procura é tamanha que a fila chegou a dobrar o quarteirão na rua Bonfim alcançando a avenida Pedro II.
A aposentada Maria de Fátima da Silva, de 79 anos, foi a primeira da fila. Junto com o companheiro José Cícero da Silva, de 78, ela chegou na manhã de quinta-feira (28 de março), vindo de Venda Nova, para garantir o peixe para toda a família. Eles dormiram em papelão durante a noite.
“A doação é muito importante. Vou fazer uma panelona de moqueca para meus dez netos, três bisnetos e filhos. É bom demais. Uma bênção. Todo ano venho. Não falho de jeito nenhum. Só tenho que agradecer por essa bondade que é feita na Sexta-feira da Paixão”, disse sorridente.
Atualmente desempregada, Patrícia Gaspar Moisés, de 53 anos, confessou que não se recorda da última vez que comeu peixe. Por isso, a ação desta sexta “caiu dos céus”, conforme referiu.
“Estamos na época da Páscoa de Jesus, momento de solidariedade. Isso que está acontecendo é fundamental. Posso falar a verdade? Tem anos que não como peixe. Não teria almoço hoje se não tivesse esta doação, ou seja, isso aqui é um acesso à alimentação. Ter o que comer é uma maravilha”, disse após ficar por quase 24 horas na fila.
O autônomo Horácio Martins dos Reis, de 60 anos, classificou a doação dos peixes como de “grande valia”. “Vai nos ajudar bastante, pois tudo está muito caro. Graças a Deus que temos pessoas de bom coração. A situação não está nada fácil. O sentimento que tenho em meu coração é de gratidão diante de tanta bondade. Mesmo nas dificuldades, agradeço por ter a minha família, amigos e por encontrar pessoas solidárias”.
Vinda de Ribeirão das Neves, na região metropolitana de Belo Horizonte, a diarista Maura Oliveira Gomes, de 42 anos, foi buscar os peixes pensando nos filhos. “Não estou conseguindo emprego fixo e sequer faxinas. Tenho vivido com a ajuda das pessoas para sustentar meus três filhos. Necessito muito [da doação dos peixes]. Estou agradecida. O mundo precisa mais disso: de um olhar para o outro e ajudar”, afirma.
‘É gratificante’, diz idealizador
O peixe doado neste ano foi o xinxarro. A ação é idealizada pelo empresário Afonso Teixeira, que afirma que o gesto nobre deixa o coração repleto de gratidão. “Poder proporcionar este momento é uma dádiva em minha vida. É gratificante. Desde criança aprendi que a Sexta-feira da Paixão é um dia de doação. Lembro que quando abri a peixaria na região, muitas pessoas passavam pedindo ajuda. Aí pensei em fazer todo ano nesta data”.
Organizar o evento requer organização, seja para adquirir o pescado e para montar a logística de entrega com os funcionários. “Eu fico muito preocupado até chegar o dia e tudo dê certo. São muitas pessoas para serem assistidas. Neste ano tivemos dificuldade por falta de peixe, mas, na última hora, Deus deu um jeitinho e conseguimos”, comenta.
A quantidade de peixes doados não foi divulgada pelos organizadores. Fato é, conforme diz Afonso, fazendo uma analogia com uma passagem bíblica: “Aqui acontece o milagre da multiplicação dos peixes”.
otempo.com.br