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A especulação imobiliária chegou com tudo à Serra da Moeda. E os mais prejudicados com isso serão os cerca de 2,5 milhões de belo-horizontinos que poderão ter o abastecimento de água comprometido. Esse perigo iminente leva o nome de projeto C Sul, cujo poder destrutivo dos aquíferos que ajudam a abastecer BH é enorme.
Aquíferos são “caixas de águas” subterrâneas formadas pelo acúmulo de água que se infiltra no solo. Eles demoram séculos, e até milênios, para se constituírem. Quando o aquífero atinge seu potencial de armazenamento, a água perfura a superfície; ou seja, ela brota no chão, formando as nascentes.
Quando a terra sobre o aquífero fica impermeabilizada não há praticamente nenhuma possibilidade de a água se infiltrar ou sair do chão. E é justamente esse o problema do mega empreendimento C Sul. Conjunto de moradias, comércios, entre outros aspectos que compõem uma cidade, C Sul é além disso o maior projeto do tipo no estado. O empreendimento é tocado por um grupo de empresas liderado pelo Grupo Asamar.
O C Sul teria o dobro do tamanho do condomínio Alphaville, em Nova Lima. A estimativa é que abrigaria 100 mil pessoas. O grande impasse nisso tudo é que a área planejada se encontra na Serra da Moeda, também em Nova Lima, onde estão aquíferos como o Cauê e o Gandarela.
Essas duas “caixas de água” ajudam abastecer o sistema Rio das Velhas, de onde a Copasa capta 70% da água fornecida para Belo Horizonte. “É um crime o projeto C Sul. Na Serra da Moeda são vários aquíferos responsáveis pelas nascentes que ajudam a formar o Rio das Velhas. Precisamos saber que a água vem de cima, mas ela precisa ter onde se infiltrar”, afirmou Paulo Rodrigues, geólogo, doutor na área, pesquisador e docente do Programa de pós-Graduação do CDTN (Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear).
Ele explica que não basta haver um grande volume de chuvas se a água não conseguir se infiltrar para formar os aquíferos. Ao construir uma selva de pedra na Serra da Moeda, será isso que o projeto C Sul fará: impedir a alimentação dos aquíferos, que são essenciais às nascentes de água e ao abastecimento da capital e região. “É uma irresponsabilidade esse projeto”, Rodrigues.
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Aquíferos são “caixas de águas” subterrâneas formadas pelo acúmulo de água que se infiltra no solo. Eles demoram séculos, e até milênios, para se constituírem. Quando o aquífero atinge seu potencial de armazenamento, a água perfura a superfície; ou seja, ela brota no chão, formando as nascentes.
Quando a terra sobre o aquífero fica impermeabilizada não há praticamente nenhuma possibilidade de a água se infiltrar ou sair do chão. E é justamente esse o problema do mega empreendimento C Sul. Conjunto de moradias, comércios, entre outros aspectos que compõem uma cidade, C Sul é além disso o maior projeto do tipo no estado. O empreendimento é tocado por um grupo de empresas liderado pelo Grupo Asamar.
O C Sul teria o dobro do tamanho do condomínio Alphaville, em Nova Lima. A estimativa é que abrigaria 100 mil pessoas. O grande impasse nisso tudo é que a área planejada se encontra na Serra da Moeda, também em Nova Lima, onde estão aquíferos como o Cauê e o Gandarela.
Essas duas “caixas de água” ajudam abastecer o sistema Rio das Velhas, de onde a Copasa capta 70% da água fornecida para Belo Horizonte. “É um crime o projeto C Sul. Na Serra da Moeda são vários aquíferos responsáveis pelas nascentes que ajudam a formar o Rio das Velhas. Precisamos saber que a água vem de cima, mas ela precisa ter onde se infiltrar”, afirmou Paulo Rodrigues, geólogo, doutor na área, pesquisador e docente do Programa de pós-Graduação do CDTN (Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear).
Ele explica que não basta haver um grande volume de chuvas se a água não conseguir se infiltrar para formar os aquíferos. Ao construir uma selva de pedra na Serra da Moeda, será isso que o projeto C Sul fará: impedir a alimentação dos aquíferos, que são essenciais às nascentes de água e ao abastecimento da capital e região. “É uma irresponsabilidade esse projeto”, Rodrigues.