array(31) {
["id"]=>
int(165708)
["title"]=>
string(75) "Dengue: BH usa drones para identificar focos do Aedes aegypti em Venda Nova"
["content"]=>
string(7691) "PREVENÇÃO CONTRA ARBOVIROSES
A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) realizou, na manhã desta terça-feira (26/11), um mapeamento via drone para identificar focos do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya, no bairro Jardim Europa, na Região de Venda Nova, em Belo Horizonte. A tecnologia adotada pelo município busca reduzir os locais com condições favoráveis para a reprodução do mosquito.
De acordo com o diretor de zoonoses de BH, Eduardo Viana, a utilização do drone ajuda a controlar a intensificação do Aedes aegypti, pois as imagens aéreas via drone possibilita a identificação dos potenciais focos do mosquito.A partir do tratamento das imagens, que tem um auxílio de inteligência artificial, as equipes de controle de zoonoses recebem pontos de interesses, onde o mosquito pode ser produzido. Os agentes acabam recebendo rapidamente a informação dos imóveis com potenciais focos e atuam de forma direcionada. Assim, a gente otimiza a atividade de eliminação dos possíveis riscos", diz Eduardo.
Os sobrevoos pelo equipamento aéreo são feitos de forma estratégica, em áreas prioritárias e selecionadas a partir de indicadores como número de casos da doença, quantidade de larvas e ovos do mosquito.
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, já foram realizados 111 sobrevoos em 2024, sendo mais de 15 mil imóveis verificados. As situações irregulares passam por análise técnica, em que é classificado o tipo de criadouro para atuação imediata dos Agentes de Combate a Endemias (ACE).
O diretor de zoonoses explica, ainda, que quando alguma irregularidade é detectada, os agentes vão até a residência para resolver a situação. Neste caso, os profissionais também passam orientações aos moradores sobre como evitar possíveis criadouros do mosquito. É o caso do aposentado José João dos Santos, conhecido também como JJ, que mora na região há 56 anos.
Projeção da dengue até 2030 deixa Pampulha, Leste e Barreiro em alerta
"O problema fica nas calhas da casa. A gente não alcança lá em cima e se tiver alguma coisa, o drone vai lá e olha. O pessoal de zoonoses vem e conversa com a gente sobre o que precisa fazer. A gente cuida da nossa parte, a Prefeitura também faz a dela e assim fica tudo bem", conta JJ.
O aposentado, que "abriu as portas da casa" para receber o drone, avalia a ação positivamente, pois acredita que a melhor maneira de prevenir as doenças transmitidas pelo Aedes aegypti é o cuidado com água parada. Ele, que já teve dengue uma vez, acredita que precisa "se cuidar sempre, mas, agora, principalmente".
Tecnologia como aliada
De acordo com o diretor de zoonoses de BH, a ação realizada em Venda Nova foi programada, pois eles perceberam um aumento da atividade vetorial comparado aos anos anteriores. A partir dessa análise, é necessário agir imediatamente para evitar ainda mais o aumento dos propagadores das arboviroses. O uso da tecnologia é uma grande aliada, pois os drones conseguem visualizar grandes áreas de uma única vez.
"Os drones tem a capacidade de atender toda a BH, mas a questão não é só sobrevoar as cidades, mas realizar as ações em casa ponto. Por isso, utilizamos indicadores: para atuar de forma estratégica. BH não é uniforme em termos de risco ambiental, então esses indicadores que dizem onde identificar", explica Eduardo Viana.
Há ainda a possibilidade de tratamento com o próprio drone, nos locais de difícil acesso, já que os equipamentos possuem tecnologia para fazer o cálculo do volume de água acumulada e lançar o larvicida, em formato de cápsulas, diretamente no local. A substância utilizada não traz nenhum prejuízo ao meio ambiente e nem à população e só é lançada nas casas onde os moradores autorizam.
O diretor operacional da empresa responsável pelos drones, Renato Mafra, explica, ainda, que a ação não substitui o trabalho de campo, mas que está é a tecnologia mais eficaz para realizar o trabalho de identificação.
"O chamado Matriz 350 é o drone mais avançado hoje para esse trabalho de mapeamento. Com um único par de baterias ele é capaz de cobrir cerca de 80 hectares em um voo de 40 minutos, então é uma capacidade muito grande de cobertura. Ele não substitui o trabalho de campo que deve ser feito, a visita que deve ser feita, mas ele traz informação para o agente bater na porta certa, buscando a coisa certa", diz o diretor operacional.
Focos do Aedes aegypti na região
A Região de Venda Nova é a terceira com maior índice de focos do mosquito da dengue na capital, segundo dados divulgados pela PBH no início deste mês. As informações são do Levantamento Rápido de Índices para o Aedes aegypti (LIRAa), pesquisa que identifica as áreas com maior concentração do mosquito transmissor da dengue, chikungunya e zika.
Os dados colocam a cidade como área de baixo risco para a transmissão dos vírus, conforme critérios do Ministério da Saúde. A edição de 2024 do estudo encontrou larvas do mosquito em 0,6% dos imóveis visitados na cidade – índices abaixo de 1% representam baixo risco, entre 1% e 3,9% significam risco médio, e acima de 4% são considerados risco alto.
No entanto, a Região de Venda Nova registrou uma concentração de 0,8% de criadouros do Aedes aegypti. O número representa que por apenas dois décimos não foi classificada como uma região de risco médio. O primeiro e segundo lugar são ocupadas pelas Regiões Leste e Pampulha, ambas com 0,9% de concentração.
O LIRAa é realizado anualmente pela Secretaria Municipal de Saúde, com base nos dados coletados por visitas de agentes de saúde a imóveis de todas as nove regionais da capital mineira.
*Estagiária sob a supervisão do subeditor Humberto Santos
em.com.br
"
["author"]=>
string(15) " Melissa Souza*"
["user"]=>
NULL
["image"]=>
array(6) {
["id"]=>
int(621501)
["filename"]=>
string(26) "drone-contra-a-dengue.jpeg"
["size"]=>
string(5) "73927"
["mime_type"]=>
string(10) "image/jpeg"
["anchor"]=>
NULL
["path"]=>
string(3) "aa/"
}
["image_caption"]=>
string(98) "BH usa drones para mapear e eliminar focos do Aedes aegypti - (crédito: Jair Amaral/EM/D.A.Press)"
["categories_posts"]=>
NULL
["tags_posts"]=>
array(0) {
}
["active"]=>
bool(true)
["description"]=>
string(121) "Mapeamento de áreas com focos do Aedes aegypti em Venda Nova busca eliminar risco de maneira mais eficiente
"
["author_slug"]=>
string(13) "melissa-souza"
["views"]=>
int(62)
["images"]=>
NULL
["alternative_title"]=>
string(0) ""
["featured"]=>
bool(false)
["position"]=>
int(0)
["featured_position"]=>
int(0)
["users"]=>
NULL
["groups"]=>
NULL
["author_image"]=>
NULL
["thumbnail"]=>
NULL
["slug"]=>
string(74) "dengue-bh-usa-drones-para-identificar-focos-do-aedes-aegypti-em-venda-nova"
["categories"]=>
array(1) {
[0]=>
array(9) {
["id"]=>
int(435)
["name"]=>
string(5) "Minas"
["description"]=>
NULL
["image"]=>
NULL
["color"]=>
string(7) "#a80000"
["active"]=>
bool(true)
["category_modules"]=>
NULL
["category_models"]=>
NULL
["slug"]=>
string(5) "minas"
}
}
["category"]=>
array(9) {
["id"]=>
int(435)
["name"]=>
string(5) "Minas"
["description"]=>
NULL
["image"]=>
NULL
["color"]=>
string(7) "#a80000"
["active"]=>
bool(true)
["category_modules"]=>
NULL
["category_models"]=>
NULL
["slug"]=>
string(5) "minas"
}
["tags"]=>
NULL
["created_at"]=>
object(DateTime)#539 (3) {
["date"]=>
string(26) "2024-11-26 12:45:25.000000"
["timezone_type"]=>
int(3)
["timezone"]=>
string(13) "America/Bahia"
}
["updated_at"]=>
object(DateTime)#546 (3) {
["date"]=>
string(26) "2024-11-26 12:45:25.000000"
["timezone_type"]=>
int(3)
["timezone"]=>
string(13) "America/Bahia"
}
["published_at"]=>
string(25) "2024-11-26T12:40:00-03:00"
["group_permissions"]=>
array(4) {
[0]=>
int(1)
[1]=>
int(4)
[2]=>
int(2)
[3]=>
int(3)
}
["image_path"]=>
string(29) "aa/drone-contra-a-dengue.jpeg"
}
PREVENÇÃO CONTRA ARBOVIROSES
A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) realizou, na manhã desta terça-feira (26/11), um mapeamento via drone para identificar focos do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya, no bairro Jardim Europa, na Região de Venda Nova, em Belo Horizonte. A tecnologia adotada pelo município busca reduzir os locais com condições favoráveis para a reprodução do mosquito.
De acordo com o diretor de zoonoses de BH, Eduardo Viana, a utilização do drone ajuda a controlar a intensificação do Aedes aegypti, pois as imagens aéreas via drone possibilita a identificação dos potenciais focos do mosquito.A partir do tratamento das imagens, que tem um auxílio de inteligência artificial, as equipes de controle de zoonoses recebem pontos de interesses, onde o mosquito pode ser produzido. Os agentes acabam recebendo rapidamente a informação dos imóveis com potenciais focos e atuam de forma direcionada. Assim, a gente otimiza a atividade de eliminação dos possíveis riscos", diz Eduardo.
Os sobrevoos pelo equipamento aéreo são feitos de forma estratégica, em áreas prioritárias e selecionadas a partir de indicadores como número de casos da doença, quantidade de larvas e ovos do mosquito.
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, já foram realizados 111 sobrevoos em 2024, sendo mais de 15 mil imóveis verificados. As situações irregulares passam por análise técnica, em que é classificado o tipo de criadouro para atuação imediata dos Agentes de Combate a Endemias (ACE).
O diretor de zoonoses explica, ainda, que quando alguma irregularidade é detectada, os agentes vão até a residência para resolver a situação. Neste caso, os profissionais também passam orientações aos moradores sobre como evitar possíveis criadouros do mosquito. É o caso do aposentado José João dos Santos, conhecido também como JJ, que mora na região há 56 anos.
Projeção da dengue até 2030 deixa Pampulha, Leste e Barreiro em alerta
"O problema fica nas calhas da casa. A gente não alcança lá em cima e se tiver alguma coisa, o drone vai lá e olha. O pessoal de zoonoses vem e conversa com a gente sobre o que precisa fazer. A gente cuida da nossa parte, a Prefeitura também faz a dela e assim fica tudo bem", conta JJ.
O aposentado, que "abriu as portas da casa" para receber o drone, avalia a ação positivamente, pois acredita que a melhor maneira de prevenir as doenças transmitidas pelo Aedes aegypti é o cuidado com água parada. Ele, que já teve dengue uma vez, acredita que precisa "se cuidar sempre, mas, agora, principalmente".
Tecnologia como aliada
De acordo com o diretor de zoonoses de BH, a ação realizada em Venda Nova foi programada, pois eles perceberam um aumento da atividade vetorial comparado aos anos anteriores. A partir dessa análise, é necessário agir imediatamente para evitar ainda mais o aumento dos propagadores das arboviroses. O uso da tecnologia é uma grande aliada, pois os drones conseguem visualizar grandes áreas de uma única vez.
"Os drones tem a capacidade de atender toda a BH, mas a questão não é só sobrevoar as cidades, mas realizar as ações em casa ponto. Por isso, utilizamos indicadores: para atuar de forma estratégica. BH não é uniforme em termos de risco ambiental, então esses indicadores que dizem onde identificar", explica Eduardo Viana.
Há ainda a possibilidade de tratamento com o próprio drone, nos locais de difícil acesso, já que os equipamentos possuem tecnologia para fazer o cálculo do volume de água acumulada e lançar o larvicida, em formato de cápsulas, diretamente no local. A substância utilizada não traz nenhum prejuízo ao meio ambiente e nem à população e só é lançada nas casas onde os moradores autorizam.
O diretor operacional da empresa responsável pelos drones, Renato Mafra, explica, ainda, que a ação não substitui o trabalho de campo, mas que está é a tecnologia mais eficaz para realizar o trabalho de identificação.
"O chamado Matriz 350 é o drone mais avançado hoje para esse trabalho de mapeamento. Com um único par de baterias ele é capaz de cobrir cerca de 80 hectares em um voo de 40 minutos, então é uma capacidade muito grande de cobertura. Ele não substitui o trabalho de campo que deve ser feito, a visita que deve ser feita, mas ele traz informação para o agente bater na porta certa, buscando a coisa certa", diz o diretor operacional.
Focos do Aedes aegypti na região
A Região de Venda Nova é a terceira com maior índice de focos do mosquito da dengue na capital, segundo dados divulgados pela PBH no início deste mês. As informações são do Levantamento Rápido de Índices para o Aedes aegypti (LIRAa), pesquisa que identifica as áreas com maior concentração do mosquito transmissor da dengue, chikungunya e zika.
Os dados colocam a cidade como área de baixo risco para a transmissão dos vírus, conforme critérios do Ministério da Saúde. A edição de 2024 do estudo encontrou larvas do mosquito em 0,6% dos imóveis visitados na cidade – índices abaixo de 1% representam baixo risco, entre 1% e 3,9% significam risco médio, e acima de 4% são considerados risco alto.
No entanto, a Região de Venda Nova registrou uma concentração de 0,8% de criadouros do Aedes aegypti. O número representa que por apenas dois décimos não foi classificada como uma região de risco médio. O primeiro e segundo lugar são ocupadas pelas Regiões Leste e Pampulha, ambas com 0,9% de concentração.
O LIRAa é realizado anualmente pela Secretaria Municipal de Saúde, com base nos dados coletados por visitas de agentes de saúde a imóveis de todas as nove regionais da capital mineira.
*Estagiária sob a supervisão do subeditor Humberto Santos
em.com.br