array(31) {
["id"]=>
int(115792)
["title"]=>
string(88) "Defensoria recomenda polícia a não interferir nos blocos; PM diz que isso não ocorreu"
["content"]=>
string(4414) "A Defensoria Pública de Minas Gerais emitiu uma recomendação para que a polícia e os bombeiros não interfiram nos cortejos dos blocos de carnaval de Belo Horizonte, ou no que é dito pelos microfones desses veículos, sob pena de censura. A recomendação ocorreu depois de uma denúncia de membros de coletivos que se sentiram intimidados. A Polícia Militar nega que tenha intimidado qualquer bloco e alega que até o momento nenhum cortejo foi interrompido antes do horário previsto.
Na recomendação, os defensores afirmam que os coletivos trouxeram "a notícia de que policiais militares acompanharam, munidos de metralhadoras o desfile de bloco carnavalesco no dia 20 de fevereiro e posicionaram-se na frente do carro de som, antes do horário previsto para o término do desfile, em atitude francamente intimidatória".
A defensoria pondera que "existem mecanismos alternativos para a realização do trabalho de segurança que dispensam a necessidade de fulminar o direito à livre manifestação do pensamento" e salientou que "um dos objetivos da defensoria pública é a primazia da dignidade da pessoa humana, a prevalência e a efetividade dos direitos humanos e a afirmação do Estado Democrático de Direito, promover a solução extrajudicial dos litígios, que toda pessoa tem direito à liberdade de pensamento e de expressão, não se pode restringir o direito de expressão por vias ou meios indiretos e que constitui abuso de autoridade qualquer atentado contra a liberdade de locomoção, à liberdade de consciência, bem como direito à reunião".
A recomendação é endereçada aos "comandantes gerais da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar" e orienta que as "forças policiais e de segurança pública estaduais que cumpram seu dever constitucional e legal, zelando pela liberdade de pensamento, de reunião e de manifestação, incluídas as de cunho político, sem passar pelo crivo subjetivo policial. E que se abstenham de deter qualquer indivíduo e direcioná-lo sobre o conteúdo de suas falas, principalmente os líderes e responsáveis pelos blocos carnavalescos em todo o estado de Minas Gerais sob pena de praticar censura. Se abstenha de interferir no cortejo de blocos carnavalescos autorizados a desfilar".
Por meio da chefe da Sala de Imprensa, a capitã Layla Brunella, a Polícia Militar se posicionou sobre o assunto. "Nenhum encerramento do cortejo antes do horário de término devido foi feito pela Polícia Militar. O único cortejo que precisou ser encerrado foi um que ultrapassou o horário combinado e queria prolongar o tempo, o que não é permitido, porque traz prejuízo à organização do evento no que tange banheiros a químicos, limpeza, empenho dos policiais militares, guardas municipais e todo o planejamento", disse a capitã.
Sobre as manifestações, a chefe da sala de imprensa informou que ninguém foi silenciado. "O que foi feito foram contatos com representantes dos blocos, solicitado que não houvesse manifestações que incitassem a violência, jogando grupos contra grupos, incitando a violência e o crime dentro dos blocos. Foi solicitado também que fossem transmitidas dicas de segurança e tudo isso foi de pronto aceito e assinado pelos integrantes dos grupos em ata de reunião", disse.
Sobre a recomendação da Defensoria, a PM informou respeitar. "Respeitamos o posicionamento da defensoria Pública. Tomamos ciência por meio da imprensa, mas respeitamos o poder da Defensoria por recomendação, mas os fatos narrados não aconteceram da maneira como está sendo retratado".
"
["author"]=>
string(29) "MPMateus Parreiras /em.com.br"
["user"]=>
NULL
["image"]=>
array(6) {
["id"]=>
int(562251)
["filename"]=>
string(16) "pmdefensoria.jpg"
["size"]=>
string(5) "54583"
["mime_type"]=>
string(10) "image/jpeg"
["anchor"]=>
NULL
["path"]=>
string(5) "nova/"
}
["image_caption"]=>
string(116) "Blocos denunciam intimidação, mas PM afirma não ter interferido em nenhum bloco(foto: Marcos Vieira/EM/D.A.Press)"
["categories_posts"]=>
NULL
["tags_posts"]=>
array(0) {
}
["active"]=>
bool(true)
["description"]=>
string(231) "
A ação da defensoria pública foi motivada por coletivos que se sentiram coagidos a terminar seu desfile e oprimidos a não opinar politicamente. PM nega que tenha qualquer interferência
"
["author_slug"]=>
string(28) "mpmateus-parreiras-em-com-br"
["views"]=>
int(75)
["images"]=>
NULL
["alternative_title"]=>
string(0) ""
["featured"]=>
bool(false)
["position"]=>
int(0)
["featured_position"]=>
int(524)
["users"]=>
NULL
["groups"]=>
NULL
["author_image"]=>
NULL
["thumbnail"]=>
NULL
["slug"]=>
string(84) "defensoria-recomenda-policia-a-nao-interferir-nos-blocos-pm-diz-que-isso-nao-ocorreu"
["categories"]=>
array(1) {
[0]=>
array(9) {
["id"]=>
int(435)
["name"]=>
string(5) "Minas"
["description"]=>
NULL
["image"]=>
NULL
["color"]=>
string(7) "#a80000"
["active"]=>
bool(true)
["category_modules"]=>
NULL
["category_models"]=>
NULL
["slug"]=>
string(5) "minas"
}
}
["category"]=>
array(9) {
["id"]=>
int(435)
["name"]=>
string(5) "Minas"
["description"]=>
NULL
["image"]=>
NULL
["color"]=>
string(7) "#a80000"
["active"]=>
bool(true)
["category_modules"]=>
NULL
["category_models"]=>
NULL
["slug"]=>
string(5) "minas"
}
["tags"]=>
NULL
["created_at"]=>
object(DateTime)#539 (3) {
["date"]=>
string(26) "2020-02-24 18:43:10.000000"
["timezone_type"]=>
int(3)
["timezone"]=>
string(13) "America/Bahia"
}
["updated_at"]=>
object(DateTime)#546 (3) {
["date"]=>
string(26) "2020-05-24 21:24:42.000000"
["timezone_type"]=>
int(3)
["timezone"]=>
string(13) "America/Bahia"
}
["published_at"]=>
string(25) "2020-02-24T18:40:00-03:00"
["group_permissions"]=>
array(4) {
[0]=>
int(1)
[1]=>
int(4)
[2]=>
int(2)
[3]=>
int(3)
}
["image_path"]=>
string(21) "nova/pmdefensoria.jpg"
}
A Defensoria Pública de Minas Gerais emitiu uma recomendação para que a polícia e os bombeiros não interfiram nos cortejos dos blocos de carnaval de Belo Horizonte, ou no que é dito pelos microfones desses veículos, sob pena de censura. A recomendação ocorreu depois de uma denúncia de membros de coletivos que se sentiram intimidados. A Polícia Militar nega que tenha intimidado qualquer bloco e alega que até o momento nenhum cortejo foi interrompido antes do horário previsto.
Na recomendação, os defensores afirmam que os coletivos trouxeram "a notícia de que policiais militares acompanharam, munidos de metralhadoras o desfile de bloco carnavalesco no dia 20 de fevereiro e posicionaram-se na frente do carro de som, antes do horário previsto para o término do desfile, em atitude francamente intimidatória".
A defensoria pondera que "existem mecanismos alternativos para a realização do trabalho de segurança que dispensam a necessidade de fulminar o direito à livre manifestação do pensamento" e salientou que "um dos objetivos da defensoria pública é a primazia da dignidade da pessoa humana, a prevalência e a efetividade dos direitos humanos e a afirmação do Estado Democrático de Direito, promover a solução extrajudicial dos litígios, que toda pessoa tem direito à liberdade de pensamento e de expressão, não se pode restringir o direito de expressão por vias ou meios indiretos e que constitui abuso de autoridade qualquer atentado contra a liberdade de locomoção, à liberdade de consciência, bem como direito à reunião".
A recomendação é endereçada aos "comandantes gerais da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar" e orienta que as "forças policiais e de segurança pública estaduais que cumpram seu dever constitucional e legal, zelando pela liberdade de pensamento, de reunião e de manifestação, incluídas as de cunho político, sem passar pelo crivo subjetivo policial. E que se abstenham de deter qualquer indivíduo e direcioná-lo sobre o conteúdo de suas falas, principalmente os líderes e responsáveis pelos blocos carnavalescos em todo o estado de Minas Gerais sob pena de praticar censura. Se abstenha de interferir no cortejo de blocos carnavalescos autorizados a desfilar".
Por meio da chefe da Sala de Imprensa, a capitã Layla Brunella, a Polícia Militar se posicionou sobre o assunto. "Nenhum encerramento do cortejo antes do horário de término devido foi feito pela Polícia Militar. O único cortejo que precisou ser encerrado foi um que ultrapassou o horário combinado e queria prolongar o tempo, o que não é permitido, porque traz prejuízo à organização do evento no que tange banheiros a químicos, limpeza, empenho dos policiais militares, guardas municipais e todo o planejamento", disse a capitã.
Sobre as manifestações, a chefe da sala de imprensa informou que ninguém foi silenciado. "O que foi feito foram contatos com representantes dos blocos, solicitado que não houvesse manifestações que incitassem a violência, jogando grupos contra grupos, incitando a violência e o crime dentro dos blocos. Foi solicitado também que fossem transmitidas dicas de segurança e tudo isso foi de pronto aceito e assinado pelos integrantes dos grupos em ata de reunião", disse.
Sobre a recomendação da Defensoria, a PM informou respeitar. "Respeitamos o posicionamento da defensoria Pública. Tomamos ciência por meio da imprensa, mas respeitamos o poder da Defensoria por recomendação, mas os fatos narrados não aconteceram da maneira como está sendo retratado".