Uma das mulheres se passou por mãe de uma criança que teria desaparecido em meio ao mar de lama e a outra dizia que morava em um dos distritos atingidos. Porém, investigadores confirmaram que ela era moradora em situação de rua que vivia no Barreiro, em BH

Fonte:em.com.br



Duas mulheres que se aproveitaram da tragédia de Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, para aplicar golpes e receber dinheiro de doações tiveram a prisão decretada pela Justiça. A determinação foi da 1ª Vara Cível, Criminal e da Infância e da Juventude da cidade. As duas se diziam atingidas pelo rompimento e acabaram presas em flagrantes.

Segundo o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), uma das mulheres se passou por mãe de uma criança que teria desaparecido em meio ao mar de lama. Ela foi até a Estação do Conhecimento com o registro de nascimento de uma menina com o intuito de receber doação da Vale de R$ 100 mil. Porém, foi identificado que o documento era falsificado.

A outra mulher foi até a Estação do Conhecimento junto com outra pessoa. Lá, tentou se cadastrar para receber R$ 50 mil. O argumento usado por ela é que vivia na zona de autossalvamento. Mas, não soube informar o nome de nenhum morador vizinho a sua suposta residência. Fato que levantou suspeita. Investigadores fizeram diligências e descobriram que a mulher era morador em situação de rua que vivia na Região do Barreiro.

Em relação ao caso da mulher que levou a certidão falsa da filha, a juíza Perla Saliba Brito afirmou que a autora é conhecida na prática de estelionato e furto. "Sua liberdade colocaria em risco a ordem pública local e acarretaria insegurança social”, afirmou na decisão. A magistrada ponderou que, apesar do estelionato não ser caso de pena privativa de liberdade máxima superior a quatro anos, mostra-se urgente proteger a sociedade de indivíduos detentores de personalidade propensa à prática delitiva.

No segundo caso, a juíza considerou reprovável a conduta de buscar tirar proveito da tragédia. Considerou, ainda, que a liberdade dela representa risco ao meio social, “sendo imperioso que a mulher seja mantida presa, para o resguardo da ordem pública”.