Museus de Minas Gerais recebem, a partir desta segunda-feira, fiscalização do Corpo de Bombeiros para verificar as condições de segurança dos imóveis. A ação vai durar 60 dias e ocorre após o incêndio que destruiu parte do acervo do Museu Nacional, no Rio de Janeiro, no dia 2 de setembro. Aproximadamente 350 equipamentos culturais serão examinados.
Os trabalhos fazem parte da operação "Alerta Vermelho", já realizada pela corporação em estabelecimentos comerciais. A força-tarefa foi deliberada pelo governador do estado, Fernando Pimentel (PT), na última quinta-feira (6), em decreto publicado do Diário Oficial. Durante a vistoria, os militares vão verificar se o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB) está regular. Estrutura e condições de ligações elétricas, sinalizações para saídas de emergência, além das zonas de escape dos visitantes em caso de algum ocorrido, estão na pauta das verificações.
A situação dos hidrantes e dos extintores de incêndio também receberam atenção durante a perícia nos museus. Ao fim dos 60 dias, um relatório sobre a situação dos museus será expedido para que as possíveis providências sejam tomadas pelos responsáveis. "As medidas já começam a ser tomadas agora. Mas o objetivo da operação não é a interdição de museus", explicou o tenente Pedro Aihara.
“A gente está fazendo isso para atualizar o estágio e o nível de regularização que cada edificação está. Como estamos dentro de uma força-tarefa, essas informações são gerenciadas por uma sala de situação que contempla 11 órgãos, que vão desde o Corpo de Bombeiros até os que são responsáveis pelo patrimônio histórico. A partir dessa integração medidas vão ser tomadas", acrescentou o militar.
Compõem a operação os seguintes órgãos: Secretaria de Estado de Cultura (SEC), Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas (Setop), Gabinete Militar do Governador (GMG) – por meio de sua Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec), Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha), Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), Fundação Clóvis Salgado (FCS), Fundação de Arte de Ouro Preto (Faop) e Conselho Estadual de Patrimônio Cultural (Conep).