Os dados da festa foram divulgados na manhã desta segunda-feira (19) durante coletiva de imprensa com o prefeito Alexandre Kalili (PHS)
Além do público recorde de 3,8 milhões de pessoas, 26% a mais do que no ano passado, o Carnaval de Belo Horizonte foi melhor avaliado em 2018: a festa recebeu nota 8,3 dos moradores da cidade e agradou ainda mais os turistas, que atribuíram 8,6 à folia – 89% deles querem voltar em 2019. Os números são resultado de uma pesquisa realizada com 1.600 foliões entre os dias 9 e 14 de fevereiro e foram apresentados nesta segunda-feira (19) pela prefeitura, que afirmou que o maior desafio para o próximo ano é superar a satisfação do público, sem, no entanto, detalhar o que pode ser melhorado.
A prefeitura destacou vários pontos que contribuíram com o aumento das avaliações dos belo-horizontinos e visitantes que, no ano passado, deram notas 8,1 e 8,3 à festa, respectivamente. Entre os avanços, está a ampliação dos atendimentos de saúde, que totalizaram 628 nos dois Postos Médicos Avançados criados especialmente para a folia, 75% a mais do que no ano passado.
Nos quesitos trânsito e transporte, a prefeitura reconheceu que quem usou carro e ônibus durante o Carnaval gastou mais tempo que o normal e que alguns coletivos acabaram errando o itinerário, mas, no geral, avaliou a operação como “bem-sucedida”. Nos quatro dias de folia, 3,9 milhões de pessoas usaram ônibus para se deslocar pela cidade e mais de 1 milhão de passageiros utilizaram o metrô.
A Superintendência de Limpeza Urbana (SLU) instalou 800 contêineres por dia nos locais de maior concentração de pessoas e trabalhou na conscientização dos foliões e na limpeza das ruas antes, durante e depois dos desfiles dos blocos. Cerca de 1.500 toneladas de lixo foram recolhidas. “Lixeiras, a gente avaliou que não faltou. A questão é que, durante o percurso, as pessoas se aglomeram e fica às vezes difícil sair do meio do bloco para ir à lixeira”, pontuou a diretora de operações da SLU, Andréa Fróes. Para facilitar o acesso dos foliões às lixeiras, a prefeitura avalia desenvolver, no próximo ano, um sistema em que garis usem lutocares – carros de mão para coleta de lixo – no meio dos desfiles.
A festa gerou receita de R$ 641 milhões na cidade no período avaliado, mas a estimativa da prefeitura é que o valor chegue a R$ 1 bilhão. O prefeito Alexandre Kalil (PHS) falou sobre os banheiros químicos, alvo de foliões que reclamaram da falta e da má distribuição dos equipamentos. “Se 14 mil foram poucos, 30 mil serão poucos para o próximo Carnaval. Não esperem crescimento de apenas 20%, porque, felizmente, o Brasil vai migrar para o segundo melhor Carnaval de rua do país”, afirmou, referindo-se a uma pesquisa do Google que elegeu a capital mineira como palco da segunda melhor festa do país. “Em 2019 nós vamos passar para o primeiro Carnaval do Brasil”, completou Kalil.
O presidente da Belotur, Aluizer Malab, disse que a descentralização da festa é um caminho para superar o nível de satisfação dos foliões no próximo ano. “Nós vamos ter que revisitar todos os itens, todas as áreas, todos os órgãos, ouvir mais e avançar neste Carnaval. Acho que o desafio, com um nível de satisfação tão alto, é manter e superar”, pontuou.