UBERLÂNDIA

A Justiça determinou que a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) tome providências, em até 10 dias, para minimizar problemas do fornecimento de energia em Uberlândia. O prazo vale a partir da notificação oficial. Casos de apagões geraram ação do Procon Estadual, que cobra uma solução. 

A decisão é do juiz da 3ª Vara da Fazenda Pública e Autarquias de Uberlândia, Alexandro Magno Mendes do Valle, e manda que a Cemig faça reparos na rede elétrica para minimizar as quedas e oscilações de energia na cidade.

É preciso ainda que a companhia inicie a licitação, execução e instalação das subestações 11 e 12 com previsão de término em 2026, em Uberlândia. Em caso de descumprimento, a companhia energética pode pagar uma multa de R$ 100 mil por cada problema que surgir.

O promotor Fernando Martins, que está à frente do Procon Estadual, informou que nos últimos cinco anos, o Ministério Público de Minas Gerais recebeu denúncias contra a Cemig, que já chegou a ser multada.

O trabalho de fiscalização da promotoria do consumidor se intensificou em outubro, quando apagões e oscilações no fornecimento de energia se tornaram frequentes em Uberlândia.

No dia 15 de dezembro, uma nova subestação foi entregue na região sul da cidade. A chamada Uberlândia 8, instalada na zona sul da cidade, visa melhorar o sistema na região que apresentou os piores problemas recentes.

Segundo a Cemig, a estrutura vai disponibilizar energia suficiente para atender 50 mil residências, ampliando em 15% a oferta de energia em Uberlândia.

Em nota, a estatal informou que está atuando de forma na melhoria da qualidade do fornecimento de energia em todo o Triângulo Mineiro. ”A companhia implementa um robusto plano de investimentos na Região, que prevê a construção de novas subestações e linhas de distribuição, modernização da rede elétrica existente e instalação e substituição de equipamentos por outros mais modernos e eficientes”, disse.

A nota ainda diz que até 2027, dentre as obras previstas, está a construção de mais 18 subestações, sendo duas delas em Uberlândia, além de 513 km de linhas de distribuição e digitalização e modernização de 27 subestações existentes. Nos circuitos de média tensão, serão construídos 263 km de rede para integrar as subestações, conversão de 2.785 de rede monofásica para trifásica e expansão e melhorias em outros 73 km de rede.