Campanha da Fraternidade tem com tema políticas públicas
A Quarta-Feira de Cinzas, período de início da Quaresma, segundo o calendário católico, é marcada por celebrações ao longo do dia e pelo lançamento da Campanha da Fraternidade, conduzido em Belo Horizonte pela arquidiocese.
Dezenas de fiéis lotaram o Santuário Arquidiocesano Nossa Senhora dos Pobres, no bairro Lagoinha, na região Noroeste da capital, onde foi realizada missa que abre as celebrações que antecedem a Páscoa.
Antes da pregação, o arcebispo de Belo Horizonte, dom Walmor Oliveira de Azevedo, comentou sobre o tema da campanha neste ano: "Fraternidade e Políticas Públicas".
Para o religioso, o objetivo é promover a participação da população, sobretudo a de maior vulnerabilidade social, no repasse de demandas da sociedade ao poder público. "Em primeiro lugar, a partir do evangelho, criar essa consciência de nossa cidadania, e qualificar nossa condição para, depois, nas estruturas que temos, como conselhos e fóruns, participar para criar essa consciência e trabalhar a partir de análise da realidade, propostas completas de políticas para atender a essas demandas", afirmou o arcebispo.
O religioso também refletiu sobre o papel da Quaresma na vida dos católicos. "É uma oportunidadr para nos recolher e fazer uma revisão da vida. É tempo para renovar a nossa consciência. É tempo de jejum, de caridade e de um verdadeiro exercício que nos qualifica", ponderou.
Fiéis presentes na cerimônia concordam com as palavras de dom Walmor. A dona de casa Georgete dos Santos, 69, segue uma série de restrições durante a Quaresma. "Deixo de comer carne, pão, doce e refrigerante há muitos anos. Acho importante e isso me faz bem", revelou.
O cabeleireiro Antônio Oliveira, 52, comentou que a vigília na Quaresma começou antes mesmo da data oficial. "Não pulei Carnaval, fiz uma guarda, fiquei mais em paz, em sossego. E esses 40 dias também serão guardados com muita oração e confissão. Temos vivido tantas tragédias e é importante tirar esse momento para nos recolhermos".