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Casos de febre maculosa não impactaram rotina de quem se exercita na Pampulha

09/06/2019 16h40 - Atualizado em 27/12/2019 11h11 por Paula Machado


pampulhas.jpg Frio espantou mais transeuntes do que a ameaça de febre maculosa, conforme vendedor ambulante de água de coco / Paula Machado

 

Os recentes casos de febre maculosa na região metropolitana de BH não desestimularam os belo-horizontinos a se exercitarem na orla da Lagoa da Pampulha na manhã do domingo (9). Alguns têm cautelas, como vestir calças e usar repelentes para evitar carrapatos. Outros confiam na sorte.

Trajando bermudas, a dupla de amigos Wasley Oliveira, de 36 anos, e Wesley Carvalho, de 32, dizem estar confiantes de que o surto se restringe a Contagem, cidade da Grande BH. Por isso, não tomaram nenhuma precaução antes de realizar a caminhada, que costumam fazer em quase todos os fins de semana.

Kátia Mesquita, de 37, diz concordar com a avaliação dos rapazes, apesar de revelar que a mãe desaconselhou que ela fosse correr na área nesta manhã. Contudo, a corredora expressa tomar cuidados, como não pisar ou sentar na grama e sempre usar meias. O uso de repelentes, ela dispensa por não acreditar na sua eficácia contra carrapatos.

Já Fernanda Brant, de 41, não só fez uso do produto, como vestiu a si mesma e à filha de seis anos com calças e blusas compridas para não dar chance ao azar. Elias de Freitas, de 55 anos, também afirma ter um pouco de receio, porém conta que "o custo-benefício compensa". "Caminhar na Pampulha é muito bom, pratico há cinco anos", relata.

Para o vendedor ambulante de água de coco, Cassiano Henrique, de 24 anos, o frio espantou mais transeuntes do que a febre maculosa. Ele não ouviu nenhum cliente com medo da doença ou do aracnídeo transmissor.

De acordo com a Prefeitura, não há mesmo motivos para alarde, uma vez que as capivaras dos entornos da lagoa estão esterilizadas, sadias e são constantemente monitoradas.

Cuidados

A Prefeitura de Belo Horizonte listou alguns cuidados necessários ao perceber a presença de carrapatos-estrela. Confira abaixo:
- Revistar o corpo a cada três horas à procura do parasita.

- Utilizar roupas claras e compridas. Colocar a barra da calça para dentro da meia e usar sapatos fechados.

- Caso encontre um carrapato no corpo, retirá-lo com uma pinça pelo bico. Apertá-lo entre os dedos pode despejar sangue contaminado na corrente sanguínea da pessoa atingida.

- Não matar capivaras, pois o aracnídeo procura sangue quente para se alimentar. Quando o animal está morto, o carrapato busca outro corpo, podendo espalhar o perigo.

- Abandono de animais pode agravar o problema. A PBH alerta que a responsabilidade pela higienização é dos tutores.