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Belo Horizonte registrou, na madrugada desta quarta-feira (4), um dos piores índices de qualidade do ar do mundo. A plataforma de monitoramento IQAir ranqueou a capital mineira entre as cidades com a maior poluição atmosférica, considerada “insalubre”, em todo o globo.
De 1h às 6h da manhã, os belo-horizontinos respiravam um ar comparável ao de Pequim, na China – um dos maiores centros industriais do planeta. Segundo especialistas, crianças, idosos e pessoas que vivem com doenças pulmonares são os mais afetados pelo tempo seco. Em casos de sensibilidade respiratória, o uso de máscaras volta a ser opção.
Conforme o IQAir, Belo Horizonte registrou uma qualidade do ar ao nível 152-153 durante a madrugada. Na escala mundial, este número indica insalubridade e riscos à saúde humana.
Para se ter ideia, a concentração de poluentes ficou mais de nove vezes maior que o recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). No mesmo período, em Pequim, a poluição atmosférica era considerada “moderada”.
A qualidade do ar piorou na metrópole asiática durante a tarde, alcançado o índice insalubre de 154. No topo do ranking está Kinshasa, cidade da República Democrática do Congo, na África, que registrou índice de 167 de qualidade do ar.
A plataforma IQAir monitora em tempo real uma média do Índice de Qualidade do Ar (AQI) registrado em todas as estações e sensores de grandes cidades pelo mundo ou por imagens de satélite.
Simultaneamente, só quatro metrópoles ultrapassam a marca de 151 na escala AQI de poluição atmosférica às 14h desta quarta-feira (4), incluindo a cidade de São Paulo (153).
Belo Horizonte acumula dias com índices de umidade relativa do ar por volta de 12%, o que é comparado ao documentado no clima de um deserto. Já são quase 140 dias sem chuvas na capital, e a onda de calor deste início de setembro piora a sensação de secura. Para a saúde humana, todos esses indicadores são agravantes.
“Temos dois fatores principais nesse cenário: uma enorme quantidade de dias sem chuva e uma qualidade do ar grave prejudicava pelo aumento das queimadas. A redução da umidade do ar causa sensação de cansaço e piora dos quadros de doenças respiratórias como asma e bronquite. É comum sentir uma sensação de sufocamento”, explica o médico da família Artur Mendes.
Segundo o especialista, os grupos mais vulneráveis são crianças, idosos e pessoas que vivem com doenças pulmonares. Agora, o reforço na hidratação não pode ser negligenciado.
“É comum que pessoas idosas sintam menos sede, o apetite reduz, mas isso não pode ser um impeditivo neste tempo seco. Da mesma forma, os pais de crianças devem ficar atentos, muitas vezes, os pequenos não sabem informar o próprio mal-estar”, aconselha. Em caso de desconforto respiratório ou fadiga incomum, o recomendado é buscar atendimento médico para evitar complicações de saúde.
O uso de máscara precisa voltar?
Com índices de poluição atmosférica tão altos, a possibilidade de uso de máscaras passou a ser questionada entre os grupos mais vulneráveis ao tempo seco. Esta é a recomendação da médica pneumologista Michele Andreata para a população sofrer menos com as questões respiratórias, inclusive em meio às queimadas.
“O ideal é a N95, mas caso não seja possível, pode-se usar a que estiver disponível”, explica. O equipamento (máscara N95) é útil para filtrar 95% das partículas presentes no ar.
Andreata aconselha ainda a lavagem nasal e a umidificação do ar. A lavagem deve ser feita com soro fisiológico uma vez no dia. No caso de pacientes com doenças respiratórias, pode ser realizada mais vezes. Com relação à umidificação do ar, ela pode ocorrer com o uso de umidificadores ou por meio de toalhas colocadas em bacias.
“É recomendável que se mude o local do umidificador a cada duas horas para não criar um ambiente propício para a reprodução de fungos”, detalha a médica.
Fechar as janelas em vez de abrir
A plataforma IQAir recomenda, nas cidades com baixa qualidade do ar, que as janelas das casas, escritórios e ambientes públicos fiquem fechadas para reduzir o contato com a poluição atmosférica.
Apesar de ser uma orientação conflituosa em meio à onda de calor, o médico da família Artur Mendes avalia que a medida é positiva para reduzir os riscos à saúde respiratória.
“As janelas fechadas são uma barreira para a poluição do ar e a fumaça que têm coberto Belo Horizonte. Em casa, fechar as janelas vai impor um calor. Por isso, a saída será usar umidificador ou outras alternativas, como toalhas molhadas e balde com água”, orienta.
Veja os cuidados no tempo seco:
Reforce a hidratação durante o dia; ⠀
Prefira alimentos leves e frescos, como saladas, frutas, carnes grelhadas; ⠀
Evite frituras; ⠀
Durma em local arejado e umedecido por aparelhos umidificadores, ou coloque uma bacia com água; ⠀
Evite atividades físicas ao ar livre e exposição ao sol entre as 10 e 17 horas; ⠀
Evite banhos com água muito quente, para não potencializar o ressecamento da pele, se necessário use hidratante; ⠀
Em caso de problemas respiratórios procure um especialista;
Não provoque queimadas em lotes vagos, matas ou florestas. Em caso de incêndio avise imediatamente, ao Corpo de Bombeiros (193), Defesa Civil (199) ou Polícia Militar (190).
Fonte: Defesa Civil de BH
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Belo Horizonte registrou, na madrugada desta quarta-feira (4), um dos piores índices de qualidade do ar do mundo. A plataforma de monitoramento IQAir ranqueou a capital mineira entre as cidades com a maior poluição atmosférica, considerada “insalubre”, em todo o globo.
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Conforme o IQAir, Belo Horizonte registrou uma qualidade do ar ao nível 152-153 durante a madrugada. Na escala mundial, este número indica insalubridade e riscos à saúde humana.
Para se ter ideia, a concentração de poluentes ficou mais de nove vezes maior que o recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). No mesmo período, em Pequim, a poluição atmosférica era considerada “moderada”.
A qualidade do ar piorou na metrópole asiática durante a tarde, alcançado o índice insalubre de 154. No topo do ranking está Kinshasa, cidade da República Democrática do Congo, na África, que registrou índice de 167 de qualidade do ar.
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Simultaneamente, só quatro metrópoles ultrapassam a marca de 151 na escala AQI de poluição atmosférica às 14h desta quarta-feira (4), incluindo a cidade de São Paulo (153).
Belo Horizonte acumula dias com índices de umidade relativa do ar por volta de 12%, o que é comparado ao documentado no clima de um deserto. Já são quase 140 dias sem chuvas na capital, e a onda de calor deste início de setembro piora a sensação de secura. Para a saúde humana, todos esses indicadores são agravantes.
“Temos dois fatores principais nesse cenário: uma enorme quantidade de dias sem chuva e uma qualidade do ar grave prejudicava pelo aumento das queimadas. A redução da umidade do ar causa sensação de cansaço e piora dos quadros de doenças respiratórias como asma e bronquite. É comum sentir uma sensação de sufocamento”, explica o médico da família Artur Mendes.
Segundo o especialista, os grupos mais vulneráveis são crianças, idosos e pessoas que vivem com doenças pulmonares. Agora, o reforço na hidratação não pode ser negligenciado.
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O uso de máscara precisa voltar?
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Andreata aconselha ainda a lavagem nasal e a umidificação do ar. A lavagem deve ser feita com soro fisiológico uma vez no dia. No caso de pacientes com doenças respiratórias, pode ser realizada mais vezes. Com relação à umidificação do ar, ela pode ocorrer com o uso de umidificadores ou por meio de toalhas colocadas em bacias.
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“As janelas fechadas são uma barreira para a poluição do ar e a fumaça que têm coberto Belo Horizonte. Em casa, fechar as janelas vai impor um calor. Por isso, a saída será usar umidificador ou outras alternativas, como toalhas molhadas e balde com água”, orienta.
Veja os cuidados no tempo seco:
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Não provoque queimadas em lotes vagos, matas ou florestas. Em caso de incêndio avise imediatamente, ao Corpo de Bombeiros (193), Defesa Civil (199) ou Polícia Militar (190).
Fonte: Defesa Civil de BH