Funk You, que une samba e funk, tocou no bairro Santa Tereza, região Leste de BH, enquanto o Fala Tambor reuniu entusiastas no Santa Efigênia, na mesma região
O primeiro fim de semana do pré-Carnaval belo-horizontino já deu uma mostra de como será a folia na capital. Blocos que ensaiaram neste domingo (7) se preparam para receber até 80 mil pessoas no desfile deste ano. A expectativa é que haja um novo recorde de foliões participando dos quatro dias de festa na cidade. No ano passado, foram 3 milhões de pessoas.
O bloco Funk You, que une samba e funk, promoveu ensaio da bateria em um quintal no bairro Santa Tereza, na região Leste da capital. O grupo foi fundado no ano passado, quando contou com 35 mil foliões, segundo o fundador, o publicitário Lucas Moraes, de 33 anos. “O bloco aconteceu meio do nada. Uns amigos resolveram participar da folia de BH. Acredito que a escolha do gênero atraiu muita gente por ser o único bloco que toca funk, ritmo popular e dançante”, comentou Moraes, que espera cerca de 80 mil foliões no desfile deste ano.
A funcionária pública Tânia Cordeiro, 53, disse que sai em várias baterias no Carnaval. Após ter conhecido o Funk You, ela decidiu tocar com o grupo em 2018: “Toco repique. E, no Funk You, estou com o desafio de tocar samba e funk, o que é muito legal”.
Afrobrasileiro. Com influências afrobrasileiras, o bloco Fala Tambor também se apresentou neste domingo (7), na praça Floriano Peixoto, no bairro Santa Efigênia, na região Leste da capital. Fundado em 2000 por Carlinhos de Oxóssi, o grupo traz influências do samba e de outros ritmos afrobrasileiros. “Carnaval é dança, cor, alegria. Queremos trazer cultura de raiz, brincadeira, dança e música”, destacou.
Para a professora Julia Elisa, 24, “é importante a reivindicação por espaço feita por esses blocos”. “Eles estão na luta há muito tempo e, muitas vezes, são renegados”, completou, acrescentando a necessidade de ampliar a representatividade desses grupos para além da folia: “Não adianta desfilarmos no Carnaval e, no resto do ano, ficarmos esquecidos”.