Apesar da pendência de vários blocos com o Corpo de Bombeiros, Aluizer Malab diz que acertos serão feitos até os desfiles
Depois que o Corpo de Bombeiros anunciou nesta quarta-feira que cerca de 100 blocos estão sem autorização para desfilar - entre eles, 17 grandes agremiações que arrastam mais de 320 mil foliões -, a Empresa Municipal de Turismo de Belo Horizonte (Belotur) se reuniu nesta quinta-feira com a corporação para discutir o problema. Após o encontro a portas fechadas, o presidente da Belotur, Aluizer Malab, garantiu que há tempo hábil para validar todos os desfiles.
Segundo Malab, dos 430 blocos efetivamente cadastrados, 320 foram aprovados pela prefeitura até agora. Isso significa que 110 ainda estavam pendentes na manhã desta quinta-feira, número próximo ao anunciado nesta quarta pelo Corpo de Bombeiros. No entanto, Malab alega que esse número diminui a todo momento e que segue o ritmo planejado pela autarquia. “Não há um minuto de atraso, posso dizer, inclusive, que estamos adiantados”, declarou.
Malab disse que se reuniu com o Corpo de Bombeiros para alinhar o discurso entre ambos, já que cada um estava vendo a situação com olhar diferente. “Tudo é questão de interpretação. Os bombeiros dizem que cem blocos não estão alinhados com as normas de segurança e eles estão certos. Temos mesmo que nos preocupar com a segurança. Mas não quer dizer que esses blocos não sairão no Carnaval. Todos sairão”, ressaltou.
Dos cerca de 100 blocos que ainda precisam passar por validação, alguns precisarão de ajustes no trajeto. Outros terão reforço de segurança em determinados pontos para que possam manter o percurso. Na rua Sapucai, por exemplo, ponto de encontro e contemplação da cidade e caminho de vários blocos, a Belotur pretende trabalhar com algumas restrições da área. “Por exemplo, podemos proibir o estacionamento de carros, colocar brigadistas e gradeamento em alguns trechos. Vamos minimizar concentração ali e cuidar do parapeito. Essa, inclusive, não é uma preocupação só de Carnaval. Ali tem se tornado local de atrativo”, comentou Malab.
O mesmo deve ocorrer em viadutos por onde vão passar os blocos. “Se identificarmos algum risco iminente no trajeto, vamos chamar o bloco e demonstrar isso. A maior preocupação de todos é que o Carnaval deste ano seja um sucesso maior que o de 2017, isso todo mundo quer, ninguém vai se opor”, concluiu.