Equidade, igualdade, sonoridade, fim do machismo e da violência contra o sexo feminino. Essas foram algumas das bandeiras levantadas por mulheres que marcharam no Centro de Belo Horizonte, neste domingo (8), em ato pelo Dia Internacional da Mulher.


O movimento, batizado de 8M, reuniu aproximadamente 15 mil pessoas, conforme os organizadores. A multidão, que também foi integrada por homens, exigiu o fim do preconceito contra as mulheres. O protesto teve início na Praça Raul Soares, seguiu até a Praça 7 e, de lá, para a Praça da Estação.

 
A artista plástica Hortência Abreu, de 30 anos, participou da manifestação para clamar pela vida das mulheres. "Luto contra o machismo, que oprime e mata as mulheres. Defendo a luta para que as mulheres sobrevivam. Nós queremos viver", declarou. Esse também foi o discurso da publicitária Consuelo Falabella, de 52 anos, que lamentou os altos índices de feminicídio registrado em todo o país. "Me importo com a vida das mulheres, por isso sou contra a repressão e o fascismo".

A união entre a classe feminina também foi destacada por Falabella. "Me emociona esse movimento. A mulher tem que se unir e ver que não são rivais. Pelo contrário, uma tem que apoiar a outra", defendeu.


Outras questões, como a legalização do aborto e a abolição da cafetinagem, também foram defendidas no ato. "Todas essas demandas são importantes", apontou a advogada Marcelle Fonseca, de 37 anos, que faz parte do coletivo Garra Feminista.

Alguns blocos carnavalescos, como o "Clandestina", "Havayanas Usadas", "Não é Não", "Alô Abacaxi", "Côrte Devassa" e "Beiço do Wando" apoiaram o manifesto, que foi construído por 50 movimentos sociais e grupos feministas.