AUMENTO

Andar de táxi em Belo Horizonte vai ficar mais caro a partir de quinta-feira (8). Um reajuste na cobrança da corrida vai elevar a hora do serviço em quase 10%. O anúncio, que foi feito pela prefeitura da capital, dividiu opiniões e aumentou a apreensão de quem depende do serviço para sobreviver.

 “Eu acho que vai piorar conseguir trabalho, né? Conseguir passageiros já não está tão bom, mas eles estão se acostumando com a rotina de todos os dias, com o valor, mas se aumentar (o valor), vai diminuir o serviço”, afirmou o motorista Antônio Carlos Alcântara, 67, que há 27 trabalha dentro de um táxi. 

Os passageiros também não receberam bem a notícia do aumento da chamada bandeirada, que é o valor praticado no taxímetro no início da corrida. A tarifa sobe de R$ 4,70 para R$ 4,90.  Já o valor da hora de corrida,  com média de 5 km, teve reajuste de 9,68% e passa de R$ 29,37 para  R$ 32,25. 

O oficial de manutenção geral Esmael Dias, 58, acha que o serviço já está caro o suficiente e por isso, o acréscimo é injusto para o consumidor. “Eu uso táxis só às vezes, mas não acho legal esse reajuste, não. A bandeira 2 já está sendo praticada direto. Por mim, é manter o preço ou abaixar”, afirmou.

Na nova regra, o quilômetro rodado na bandeira 1 sobe de R$ 3,41 para R$ 3,74, e, na bandeira 2, de R$ 4,07 para R$ 4,47.  

“Eu acho que o serviço deles vai diminuir. Muita gente quase não usa, por praticidade, por preço também na comparação com aplicativos, agora, com aumento, vai ficar ainda mais difícil andar de táxi”, disse a esteticista Rubia Marques, de 26 anos.

Necessário para quem está na ativa

Por outro lado, o taxista José Benício,66,  que motorista exerce a profissão há 45 anos, o reajuste é correto e necessário. "Eu acho que tem que pelo menos corrigir a inflação. Se ficar muito tempo sem aumentar, depois aumenta mais, de uma só vez”, pontua.

Segundo a PBH, o último reajuste das tarifas do serviço de táxi foi em fevereiro do ano passado, quando  a corrida média teve correção de 12,11%. Antes disso,  o aumento foi em 2016.

Fonte:O TEMPO