Candidato do PSDB ao Governo de Minas, Antonio Anastasia aposta na diminuição da burocracia para atrair empresas e gerar novos empregos no Estado.
Em encontro com representantes de trabalhadores da saúde, segurança, bancários, motoboys e dos servidores públicos, em seu comitê de campanha, nessa sexta-feira (28), Anastasia indicou qual será sua linha de trabalho para o setor empresarial, caso vença a corrida ao Palácio da Liberdade.
“Os empregos fogem da má gestão, porque não há um ambiente de confiança no Estado. As empresas não estão vindo e as que estão aqui estão saindo de Minas. Temos que mudar isso a partir de uma mudança completa na nossa legislação, tornando-a mais simples, mais leve, mais atrativa, e lutando na guerra fiscal para evitar que o Estado perca empresas. Temos que criar aqui o que eu chamo de ambiente amigável, que se dá quando se torna a legislação mais simples. Isso não custa nada, não há despesa nisso, torna o Estado mais competitivo. Ou seja, uma gestão pública mais ousada e mais criativa vai gerar empregos no setor privado”, completou.
Segundo o tucano, a proposta não contempla a eliminação ou redução de impostos, mas sim a redução dos encargos acessórios das empresas, o que acabaria com o que ele chama de procedimentos desnecessários.
Em relação às vagas que seriam criadas em seu governo, o senador preferiu não fazer uma estimativa, mas garantiu que a geração de empregos vai ser um dos pilares de sua gestão.
“Essa estimativa eu não tenho como fazer agora, mas haverá o compromisso do meu trabalho à exaustão para que seja o maior número possível. No meu governo de quatro anos atrás, nós criamos cerca 550 mil novas vagas. Agora a necessidade é maior, o desemprego aumentou muito. Nós temos que aumentar os números. Não tenho como antecipar, mas garanto que será um número expressivo. Até porque, se quero ter uma marca, é uma marca de criar empregos no Estado”.
Servidores Públicos
Outro tema abordado pelo candidato tucano foi a situação dos servidores públicos do Estado. Anastasia afirmou que, caso seja eleito, vai apresentar à Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), um projeto de lei que abre a possibilidade de negociação coletiva do setor público.
A intenção do projeto é que os funcionários públicos possam, por intermédio de negociação coletiva mediada por sindicatos, tratar com o Estado questões como plano de carreira, aposentadoria, plano de saúde, entre outras medidas.
O senador chegou a apresentar o projeto no Congresso, mas o texto foi vetado pelo presidente Michel Temer (MDB). “Infelizmente, o poder Executivo vetou. A negociação coletiva só existe hoje no setor privado. O resultado é que as greves e conflitos no setor público se alongam muito e não há negociação”.
Vitória no primeiro turno
Anastasia também comentou sobre a possibilidade de vencer a eleição já no primeiro turno. Na última pesquisa de intenção de voto para o governo de Minas, divulgada nessa quinta-feira (27), o tucano apareceu com 35% nas pesquisas contra 21% do atual governador, Fernando Pimentel (PT).
“Eu me preparo para uma campanha de dois turnos. Agora, se houver decisão em primeiro turno, é um tanto melhor, mas o meu planejamento é feito em dois turnos. Fico entusiasmado com esse apoio forte e, eventualmente, poderia levar no primeiro turno, mas trabalhamos com a hipótese em dois turnos”.
A reportagem procurou a assessoria o governador Fernando Pimentel para comentar as declarações de Anastasia sobre a gestão atual do Estado, mas ainda não obteve retorno.