POLÊMICA STOCK CAR

Movimentos socioambientais denunciaram que mais árvores foram cortadas no entorno do Mineirão, na madrugada desta segunda-feira (4). A supressão ocorreu após a suspenão da liminar que proibia a retirada para a realização da Stock Car em Belo Horizonte.
Inclusive, segundo os denunciantes, uma árvore da espécie oiti, cujo corte seria proibido pela legislação ambiental, foi cortada por equipes da Prefeitura de Belo Horizonte na avenida Abrahão Caram, bairro São José, região da Pampulha. 

“Ela foi cortada de forma ilegal. Primeiro, porque havia ninho nela, o que é proibido pela legislação ambiental. E segundo ela não estava aprovada pelo Conselho Municipal de Meio Ambiente (Comam) para que o corte fosse feito, o que mostra que a prefeitura infelizmente tem tratorado a legislação ambiental para acelerar o processo e permitir que a situação aconteça de qualquer forma”, afirmou a deputada Federal Duda Salabert.

A poda estava impedida desde quinta-feira (29), quando uma Ação Popular solicitou a proibição. Segundo Salabert, que foi até o local para acompanhar os trabalhos de supressão, o corte da espécie Oiti contraria o estabelecido pela legislação e não estava aprovado pelo Coman.

"Um boletim de ocorrência foi registrado acerca do corte ilegal da espécie, e uma ação judicial contra a PBH já está em curso. É importante lembrar que a população não é contra a realização do evento e que ele seria muito importante para a cidade do ponto de vista econômico, mas que a realização da prova no Mineirão vai trazer muitos prejuízos à Universidade Federal de Minas Gerais e ao meio ambiente", declarou.

A técnica em meio ambiente, Adriane Rodrigues, afirmou ter chegado bem cedo, às 4h30, no entorno do mineirão para acompanhar o corte das árvores. Ela também denunciou supostas irregularidades na forma como a poda está sendo realizada pelas equipes da prefeitura.

“Eles espalharam várias equipes, só que eles não colocaram responsáveis nas equipes de corte. Então os operários começaram a cortar as árvores. São pessoas que não têm formação na área, que não têm conhecimento nenhum da árvore. Quando eles começaram a cortar, alguém chegou e pediu para parar porque não podia cortar ela. Deixaram a árvore mutilada e houve até a morte de um passarinho”, afirmou.

A reportagem do Hoje em Dia procurou a Prefeitura de Belo Horizonte e aguarda retorno.

*Estagiário sob supervisão de Gledson Leão

 

 

Fonte:Hoje em Dia)