Após os partidos realizarem sua convenções e definirem os nomes para as disputas majoritárias e proporcionais, as eleições em Minas Gerais começam a se desenhar. E a tendência é que o pleito, principalmente ao Palácio da Liberdade, seja o mais acirrado dos últimos anos.
Como os partidos têm até o próximo dia 15 para registrar os candidatos na Justiça Eleitoral, algumas chapas podem ser reconfiguradas, e novas alianças surgirem nesse cenário.
A maior chapa, em número de partidos, será a do senador Antonio Anastasia (PSDB), que governou Minas entre 2010 e 2014. São pelo menos 12 siglas no grupo, que ganhou ontem o apoio de Rodrigo Pacheco após uma intervenção de figuras nacionais do DEM e do PSDB. O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), e o pré-candidato ao Palácio do Planalto Geraldo Alckmin (PSDB) vieram pessoalmente a Minas convencer Pacheco a abortar seu projeto e disputar uma vaga ao Senado com os tucanos.
O segundo candidato que mais reuniu partidos em sua chapa foi Marcio Lacerda, que ainda se vê em meio a um conflito interno no PSB. Com sete legendas em seu grupo, ele garante que seu nome será homologado na Justiça Eleitoral, mas o diretório nacional da legenda não o reconhece como figura da sigla na corrida estadual.
O imbróglio parece estar longe de ser definido e esquenta ainda mais o jogo político em Minas.
O governador Fernando Pimentel (PT) tentará a reeleição com uma chapa mais modesta em número de partidos: cinco.
Correndo por fora, Dirlene Marques (PSOL), Romeu Zema (Novo), João Batista Mares Guia (Rede), Jordano Metalúrgico (PSTU) e Claudiney Dulin (Avante) tentarão driblar a falta de tempo na TV para a propaganda política e fazer frente aos grandes partidos.
A ex-presidente Dilma Rousseff é o nome do PT à disputa ao Senado. Além dela e de Pacheco, a corrida às duas vagas tem ainda confirmados: Dinis Pinheiro (SD), Jaime Martins (Pros), Duda Salabert (PSOL), Túlio Lopes (PCB), Rodrigo Paiva (Novo), Kaká Menezes (Rede), Vanessa Portugal (PSTU) e Edson André dos Reis (Avante).