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Depois que moradores de Belo Horizonte e de outros municípios da Região Metropolitana denunciaram alterações no sabor da água potável, descrita como "cor de barro" ou "mofo", a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) informou que enviará documentos ao Ministério Público de Minas Gerais (MPMG).

De acordo com a empresa, o material, que totaliza 300 páginas, é formado por documentos com resultados de análises laboratoriais e testes realizados em residências de toda a Região Metropolitana, além do sistema de captação e abastecimento.

Por meio de nota, a Copasa informou que vem realizando análises desde o início dos relatos sobre mudanças no sabor e odor da água. Segundo a empresa, as avaliações regularmente realizadas já contemplam mais de 130 parâmetros de potabilidade. Adicionalmente, a concessionária afirma ter contratado um laboratório independente para realizar testes além do que prevê o Ministério da Saúde.

De acordo com a Copasa, todas as análises confirmaram a segurança da água distribuída na Região Metropolitana da capital, que "não oferece qualquer risco à saúde da população". A empresa afirmou ainda que consumidores que identificarem alterações de gosto ou odor devem entrar em contato pelos canais oficiais, para que sejam coletadas amostras da água e realizados novos testes.

Entenda o caso 

De acordo com a Copasa, foram registrados 328 atendimentos relacionados a reclamações sobre alterações no sabor da água entre os dias 4 e 18 de agosto, em diferentes bairros de Belo Horizonte.

Na ocasião, a Agência Reguladora de Serviços de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário do Estado de Minas Gerais (Arsae-MG) foi acionada. No dia 14 de agosto, a entidade estipulou um prazo de dois dias para que a Copasa respondesse aos questionamentos sobre o caso.