ALMG


O presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, Agostinho Patrus (PV) voltou a defender a CPI do fura-fila, instaurada na ALMG na última semana para apurar casos de fura fila na vacinação por servidores da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG). O presidente do Legislativo mineiro usou seu twitter, nesta terça-feira (16), para ressaltar o estado grave da pandemia que Minas passa e reforçar a necessidade da CPI: “Quem desrespeitou a fila da vacinação cometeu um crime grave.”

“Não há outra saída que não seja o distanciamento social. Os relatos de médicos, famílias e pacientes são chocantes. UTIs lotadas, pessoas morrendo na fila. Esse cenário só reforça o trabalho da CPI do Fura-fila”, disse Agostinho na publicação.  

A CPI que vai apurar se funcionários da SES teriam furado a fila da vacinação foi aberta na última quinta-feira (11) na ALMG. O então secretário Carlos Amaral afirmou que ele e outros servidores foram imunizados porque a pasta é considerada um serviço essencial. O Ministério Público investiga se os servidores se enquadram nos grupos prioritários estabelecidos pelo Ministério da Saúde.

O presidente da ALMG vem subindo o tom desde que as primeiras denúncias de fura fila apareceram na imprensa. Na última quarta-feira (10), o então secretário Carlos Amaral foi ao plenário do Legislativo para prestar esclarecimentos aos deputados. Na ocasião, Patrus endureceu o discurso e classificou o episódio como “trem da alegria da vacinação.”

Nesta terça-feira (16), o governador Romeu Zema decretou onda roxa (que é o estágio mais rígido do protocolo de combate à pandemia do Estado) em todo o Estado. Em um tom endurecido, Zema reforçou a gravidade do momento que Minas passa e fez duras críticas às pessoas que desrespeitam as regras de isolamento.