Rio de Janeiro - A versão impressa do Jornal do Brasil, que havia voltado a circular em 2017, novamente chega ao fim em março deste ano, com crise financeira e atraso de pagamentos de salários aos funcionários. Uma greve de 24 horas dos empregados foi encerrada às 10h desta quarta-feira 13, data em que o jornal não circulou.
Os funcionários reivindicavam acerto do pagamento de salários atrasados de dezembro, janeiro e fevereiro. O diretor de redação Toninho Nascimento pediu demissão nesta semana e os grevistas, que tinham esperança de que alguma proposta pudesse ser apresentada após a paralisação, passaram a ver o encerramento do jornal como algo próximo. Uma assembleia teria sido realizada após a greve.
O diretor-executivo do Sindicato Municipal dos Jornalistas, Márcio Leal, afirmou ao site "Portal Eu, Rio!" que, apesar das tentativas, nunca houve uma participação do dono, o empresário Omar Catito Peres, nas reuniões. Quem comparecia representando a direção era Menezes Côrtes. Ele também afirma que desde setembro há várias promessas sobre resolver a situação financeira, mas nada foi cumprido.
Em fevereiro de 2017, o jornal foi comprado por Omar Catito Peres, que negociou a cessão do nome com Nelson Tanure por 30 anos, e prometeu voltar a publicar uma versão impressa do jornal. O empresário assumiu o jornal no dia 22 de dezembro, e em 25 de fevereiro de 2018, após cerca de 7 anos e 5 meses fora de circulação, o JB voltou a circular nas bancas.
O 247 tentou contato com Omar Peres e outros dois jornalistas do veículo até o fechamento desta matéria, mas não obteve resposta.