Brasil247 - O colunista Reinaldo Azevedo afirma que está em curso no Brasil uma caçada insana e suicida aos políticos e à própria política. Ele diz que as ações administrativas tem se transformado em meros instrumentos de perseguição política e que o Ministério Público só as aplica quando se vê na impossibilidade de executar uma ação penal. Azevedo chama a atenção para a banalização da justiça e alerta para o processo suicida que esta distorção da realidade enseja.
Em sua coluna no jornal Folha de S. Paulo, Reinaldo Azevedo ainda diz que "até a candidatura de Jair Bolsonaro (PSL), que é um Deltan Dallagnolque fala bolsonarês, chegou a ser alvo de especulações. Afinal, em 2016, o STF inventou que réus não podem assumir a Presidência nem como interinos. Se é assim, pergunte-se: como um réu poderia se eleger presidente? A indagação faz sentido, sim! Ocorre que ela é a derivação lógica de um delírio do direito criativo."
E detalha aspectos da lei de improbidade: "a Lei da Improbidade Administrativa, por exemplo, foi sancionada por Fernando Collor no dia 2 de junho de 1992. Ele caiu no dia 2 de outubro. A Lei da Ficha Limpa, outra aberração, foi sancionada por Lula em 2010 — aquele mesmo Lula que ficou por um fio em 2005 por causa do mensalão. A Lei das Organizações Criminosas, que traz as diretrizes da delação premiada, com todas as suas escandalosas licenciosidades para quem decide ser o larápio dedo-duro com ambições redentoras, foi sancionada por Dilma Rousseff no dia 2 de agosto de 2013, depois das jornadas de junho daquele ano, que começaram a abrir a trilha do impeachment no segundo mandato. É ela que fez de Joesley Batista quase um herói. Edson Fachin ainda tenta salvar a honra do cavaleiro da picanha sem mácula."