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O número de localidades do Nordeste atingidas por óleo chegou a 409, segundo balanço divulgado anteontem pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Ao todo, ao menos 104 municípios de todos os nove Estados nordestinos foram afetados por manchas de petróleo cru desde 30 de agosto.
O Nordeste tem 153 municípios litorâneos, o que significa que o óleo chegou a pelo menos 67,9% das cidades da costa da região. O balanço do Ibama indica, também, que apenas 166 das 409 localidades atingidas estão “limpas”, isto é, sem vestígios ou manchas. Ao todo, foram atingidos mais de 2.200 km da costa e retiradas mais de 4.300 t de petróleo.
No Ceará, a exemplo de Estados como Pernambuco e Sergipe, foram instaladas barreiras para contenção da substância. Como o óleo é denso e penetra até meio metro de profundidade na água, foi necessário pensar métodos de contenção que barrassem a substância.
Após estudo realizado com apoio da Marinha, da Universidade Federal do Ceará (UFC) e de empresas, chegou-se ao novo método, utilizado em Brumadinho: a barreira possuí espécies de âncoras e tem cerca de 4 m de profundidade, sendo, em teoria, capaz de deter o óleo.
Alerta no Sudeste
O governador de São Paulo, João Doria, afirmou que o Estado está tomando medidas para evitar que as manchas de óleo cheguem às praias paulistas.
Segundo o secretário de Infraestrutura e Meio Ambiente, Luiz Ricardo Santoro, estudos indicam que é baixa a probabilidade de as manchas chegarem a São Paulo, mas, na próxima semana, o governo deve intensificar o treinamento de servidores municipais para saber como proceder em acidentes ambientais do tipo.</CW>
Fauna afetada
Ao menos 128 animais oleados foram identificados pelo Ibama. Os dados se referem especialmente a tartarugas marinhas (89) e aves (25). Na praia do Janga, em Paulista (PE), o Estado chegou a encontrar algumas dezenas de peixes mortos junto a uma grande mancha em outubro.
Além disso, o material já foi encontrado em regiões de corais. Pesquisadores apontam que o petróleo também foi identificado no organismo de animais diversos, como mariscos e peixes. Eles também ressaltam que o impacto ambiental do óleo pode persistir por décadas.
Três navios gregos tinham óleo
Apontados pela Polícia Federal como suspeitos pelo derramamento do óleo e notificados pela Interpol, dois dos cinco navios gregos não carregavam a substância venezuelana quando passaram pela costa, aponta agência ao “G1”.
Entre os três que levavam o produto, apenas o navio Bouboulina teria passado antes do dia 30 de agosto, quando as primeiras manchas foram registradas pelo Ibama. Ao todo, a Marinha diz ter procurado 30 embarcações. Dona do Bouboulina divulgou nomes de outros navios gregos notificados e reafirma que não derramou óleo no Brasil.
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Manchas já alcançaram 410 locais, e chegam ao Sudeste pela primeira vez; Petróleo afeta fauna, e impacto ambiental pode persistir por décadas
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O número de localidades do Nordeste atingidas por óleo chegou a 409, segundo balanço divulgado anteontem pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Ao todo, ao menos 104 municípios de todos os nove Estados nordestinos foram afetados por manchas de petróleo cru desde 30 de agosto.
O Nordeste tem 153 municípios litorâneos, o que significa que o óleo chegou a pelo menos 67,9% das cidades da costa da região. O balanço do Ibama indica, também, que apenas 166 das 409 localidades atingidas estão “limpas”, isto é, sem vestígios ou manchas. Ao todo, foram atingidos mais de 2.200 km da costa e retiradas mais de 4.300 t de petróleo.
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Alerta no Sudeste
O governador de São Paulo, João Doria, afirmou que o Estado está tomando medidas para evitar que as manchas de óleo cheguem às praias paulistas.
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Ao menos 128 animais oleados foram identificados pelo Ibama. Os dados se referem especialmente a tartarugas marinhas (89) e aves (25). Na praia do Janga, em Paulista (PE), o Estado chegou a encontrar algumas dezenas de peixes mortos junto a uma grande mancha em outubro.
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Três navios gregos tinham óleo
Apontados pela Polícia Federal como suspeitos pelo derramamento do óleo e notificados pela Interpol, dois dos cinco navios gregos não carregavam a substância venezuelana quando passaram pela costa, aponta agência ao “G1”.
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