O ministro Marco Aurélio Mello, do STF, advertiu o presidente Jair Bolsonaro sobre o seu comentário de que era o momento de ter um ministro evangélico no Supremo; "O importante é termos juízes que defendam a ordem jurídica e a Constituição. O Estado é laico. O Supremo é Estado", disse ministro reforçou que os integrantes do tribunal devem ser escolhidos pela a formação jurídica, não religiosa

 

Brasília - O presidente Jair Bolsonaro disse em discurso que era o momento de se nomear um ministro evangélico para o Supremo Tribunal Federal. O ministro Marco Aurélio Mello, do STF, lembrou que o Estado é laico – e a Corte, como parte do Estado, não poderia ser formada segundo critérios religiosos.

"Não sabemos se alguém professa Evangelho. Temos católicos e dois judeus (Luiz Fux e Luís Roberto Barroso). Mas o importante é termos juízes que defendam a ordem jurídica e a Constituição. O Estado é laico. O Supremo é Estado", advertiu o ministro, segundo o jornal O Globo.

O ministro reforçou que os integrantes do tribunal devem ser escolhidos pela a formação jurídica e a defesa da Constituição Federal. 

Recentemente, Bolsonaro disse em entrevista que a próxima vaga do STF será ocupada pelo ex-juiz Sérgio Moro, hoje ministro da Justiça. Ele disse que havia acordado tal indicação com Moro em conversas para que ele assumisse o ministério.

"Não se sabe se ele é evangélico, mas quem sabe? Talvez ele se converta agora", ironizou Marco Aurélio.