Brasília - A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse durante evento nesta segunda-feira (5), que o poder judiciário não deve tomar decisões apenas em função de pressões populares. 

“Para garantir o avanço dos direitos fundamentais, dos direitos humanos, dos direitos sociais, é preciso que, muitas vezes, nós, especialmente os juízes constitucionais, sejamos não representantes – uma vez que não somos, como nos cobram -, mas juízes, que cumprem o papel de ser contra majoritário”, afirmou.


A fala da ministra acontece num momento em que o Supremo e os sitema judiciário brasileiro vive uma crise institucional e é alvo de diversas críticas contra ministros do STF.

Para ela, o conhecimento das pautas da Corte e o acompanhamento pela população é positivo. “Todo brasileiro hoje é o 12º ministro do Supremo, claro. Ele participa do julgamento, opina, fala, e eu dou graças a Deus, porque eu estudei na década de 70, hoje sou uma mulher quase centenária, como os senhores veem, e, nesta condição… Quando eu estudei, só nós, do direito, sabíamos o que era a Constituição”, destacou.