O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, afirmou que 419 de um total de 938 pontos interditados em rodovias de todo o país (quase 45%) tinham sido liberados até a tarde desta sexta-feira (25).
As interdições são motivadas pelos protestos de caminhoneiros, que nesta sexta completaram cinco dias. Segundo o ministro, todas as 519 interdições que restavam eram parciais.
"As obstruções que continuam, todas elas são parciais, o que aponta para a adesão crescente dos senhores caminhoneiros ao acordo que foi fechado no Palácio do Planalto", declarou Jungmann.
Na noite desta quinta (24), governo e representantes de entidades de caminhoneiros anunciaram uma proposta de acordo para suspender a paralisação por 15 dias. Mas, pela manhã, os bloqueios nas estradas prosseguiam.
Jungmann deu a informação sobre a redução das interdições durante entrevista coletiva de ministros que integram o grupo de trabalho formado para acompanhar a crise decorrente do movimento dos caminhoneiros, que, devido ao bloqueio das estradas, resultou em desabastecimento de combustível nos postos e escassez de alimentos nos supermercados.
Participaram, além de Jungmann, os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil), Carlos Marun (Secretaria de Governo), Sérgio Etchegoyen (Gabinete de Segurança Institucional) e Joaquim Luna (Defesa).
Segundo Sérgio Etchegoyen, o acesso à Refinaria Duque de Caxias (Reduc), no Rio de Janeiro, foi liberado. "A Reduc já normalizou praticamente quase na integralidade, o que vai limpando o horizonte", declarou.
Garantia da Lei e da Ordem
O ministro Eliseu Padilha disse que, nesta sexta, o presidente Michel Temer assinou um decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), permitindo o emprego das Forças Armadas nas ações para desbloquear as rodovias, interrompidas pela greve dos caminhoneiros.
O ministro interino da Defesa, general Joaquim Silva e Luna, informou que o emprego das Forças Armadas será feito nesse contexto de Garantia da Lei e da Ordem.
“O que vai ser garantido são essas necessidades críticas, particularmente na área de abastecimento de combustível, na área da saúde, produtiva, de alimentação”, disse o general.
Ele explicou que a Marinha já atua para desobstruir o canal do porto de Santos. A Força Aérea está em contato com os aeroportos, e o Exército emprega tropas.