O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse, neste sábado (19/7), que é preciso “acelerar o ritmo das negociações com a Rússia” e que está pronto para uma reunião com lideranças do país para tratar de um cessar-fogo. Até o momento, ambos países só conseguiram acordos para troca de prisioneiros e devolução dos corpos de soldados.

O secretário do Conselho de Defesa e Segurança Nacional da Ucrânia, Rustem Umerov, teria proposto à comitiva russa que fosse realizada uma nova reunião na semana que vem. Os países em guerra tem negociado em Istambul, na Turquia, nos últimos meses, mas não conseguiram entrar em acordo para encerrar o conflito.

Em vídeo publicado nas redes sociais, Zelensky disse que a Rússia deve parar de “fugir de tomar decisões” e se mostrou disposto a tratar pessoalmente do tema com o presidente Vladimir Putin.

“É preciso acelerar o ritmo das negociações. Todos os esforços deverão ser empregados para conquistarmos um cessar-fogo. Os russos devem parar de fugir de tomar decisões [tais como] a troca de prisioneiros, a devolução de crianças e o fim das mortes. Uma reunião entre os líderes é necessária para garantir paz duradoura. A Ucrânia está pronta”, declarou.

A declaração se dá dias depois do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçar Moscou com tarifas de 100% caso não haja um acordo de paz com a Ucrânia. O republicano deu 50 dias para o Kremlin e disse estar “muito descontente” com Putin. De acordo com ele, o mercado é “ótimo para resolver guerras” e a Rússia deveria concentrar seus recursos no comércio, e não na guerra.

O governo norte-americano e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) tem reafirmado que darão apoio bélico à Ucrânia. Durante um encontro com Trump na Casa Branca, o secretário-geral do bloco, Mark Rutte, disse que o acordo é grande e que as armas seriam pagas por nações europeias, uma decisão que o líder da aliança descreveu como “totalmente lógica”. O valor das armas chega a bilhões de dólares.