O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, anunciou que já está na Suíça para participar da Conferência para a Paz na Ucrânia, que ocorre neste fim de semana. "Cheguei à Suíça para a Cúpula Mundial da Paz. Serão dois dias de debates com países de todas as partes do mundo, com nações diferentes que, no entanto, estão unidas por um objetivo comum de trazer uma paz justa e duradoura na Ucrânia", declarou.
 
O evento mundial contará com a participação de quase 100 países e organizações internacionais, com a presença da vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, o presidente da França, Emmanuel Macron entre outros dirigentes.

Entre os grandes ausentes da Conferência, destaque para a Rússia, que criticou a realização do evento e ainda acusou a Suíça de perder a neutralidade ao se alinhar com as sanções européias, além da China, um dos grandes aliados de Moscou e que rejeitou participar devido à ausência russa. 
 
“Agradeço a todos os que decidiram participar e demonstrar liderança global e empenhamento na paz, no direito internacional e na Carta das Nações Unidas. Juntos, como maioria global responsável, temos de envidar todos os esforços para garantir que as guerras, as agressões e a ocupação colonial possam terminar e que nunca mais se repitam. Estou certo de que todos no mundo estão interessados numa paz justa e no respeito por todas as nações", acrescentou o líder da Ucrânia.
 
Zelensky também disse que a Cúpula da Paz constituirá uma oportunidade para a maioria global tomar medidas específicas em áreas importantes para todos no mundo, ente elas, segurança nuclear, segurança alimentar e regresso dos prisioneiros de guerra e de todas as pessoas deportadas, incluindo as crianças ucranianas deportadas.

A conferência, organizada pela Suíça após um pedido de Zelensky, visa ainda inspirar um futuro processo de paz, tendo por base os debates que tiveram lugar nos últimos meses, como o plano de paz ucraniano e outras propostas de paz baseadas na Carta da ONU e nos princípios fundamentais do direito internacional.