A mudança climática pode levar, até 2100, à quase extinção dos ursos polares, incapazes de se alimentar na ausência de blocos de gelo, alerta um estudo publicado nesta segunda-feira (20) na revista "Nature Climate Change".

Se as emissões de gases causadores do efeito estufa continuarem no mesmo ritmo dos dias atuais, "a queda da reprodução e da sobrevivência colocará em risco a permanência de quase todas as subpopulações até 2100", afirmam os pesquisadores, acrescentando que, mesmo em um cenário mais favorável, a extinção destes animais emblemáticos do Ártico será apenas adiada.

A pesquisa trabalhou como os ursos serão afetados mas em dois cenários diferentes de emissão de gases de efeito estufa. Os cientistas descobriram que, no atual cenário de emissões, os ursos polares provavelmente permanecerão apenas nas Ilhas Queen Elizabeth – o aglomerado mais ao norte do arquipélago do Ártico no Canadá – no final do século.

Num outro cenário, com os gases de efeito estufa a serem moderadamente mitigados, ainda é provável que a maioria das populações de ursos polares no Ártico sofra falhas reprodutivas até 2080.

Com informações da Executive Digest