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string(81) "Ucrânia e Rússia fracassam em cessar-fogo, mas concordam em se reunir novamente"
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string(7328) "SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - As autoridades da Ucrânia e da Rússia que estão em Istambul para tentar negociar o fim da guerra no Leste Europeu concordaram em se reunir novamente, afirmou o ministro das Relações Exteriores da Turquia, Hakan Fidan, nesta sexta-feira (16). Um acordo de cessar-fogo, porém, não foi alcançado.
Segundo o chanceler, que mediou as negociações, os dois lados vão trocar mil prisioneiros de guerra cada e compartilhar por escrito suas condições para uma trégua. "Continuaremos a fazer todos os esforços para tornar possível alcançar uma paz duradoura entre a Rússia e a Ucrânia", escreveu Fidan na rede social X.
A situação nos bastidores parece não ser tão otimista quanto o tom do ministro, no entanto. A Rússia disse estar pronta para continuar as conversas, mas, segundo a Reuters, uma autoridade turca afirmou reservadamente que nenhum cronograma para a próxima rodada de negociações foi acordado.
Além disso, um funcionário ucraniano afirmou à agência de notícias que Moscou fez ultimatos para que a Ucrânia se retirasse de partes de seu próprio território a fim de obter um cessar-fogo. O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, disse que a posição russa era "claramente inaceitável" e que os líderes europeus, a Ucrânia e os Estados Unidos estavam "alinhando estreitamente" suas respostas.
A Rússia vê as atuais negociações como uma continuação das conversas das primeiras semanas da guerra, em 2022, também em Istambul. Na época, Moscou exigia que a Ucrânia cortasse drasticamente seu efetivo militar, abrisse mão de parte de seu território, abandonasse suas ambições de aderir à Otan, a aliança militar ocidental, e se tornasse um país neutro.
Segundo o chefe de gabinete de Zelenski, Andri Yermak, a tentativa de alinhar as novas negociações com as anteriores, que não tiveram sucesso, fracassariam. Em 2022, a Ucrânia rejeitou os termos por considerá-los equivalentes a uma rendição e passou a buscar garantias de segurança no futuro junto a potências mundiais, especialmente os EUA.
Assim que a reunião terminou, após menos de duas horas, o presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, conversou por telefone com o presidente americano, Donald Trump, e os líderes de França, Alemanha e Polônia, disse o porta-voz do líder.
O principal negociador de Moscou, Vladimir Medinski, disse a jornalistas que sua equipe havia anotado o pedido dos ucranianos por conversas diretas entre Zelenski e seu homólogo russo, Vladimir Putin.
"Concordamos que cada lado apresentará sua visão de um possível cessar-fogo futuro e a detalhará. Após a apresentação dessa visão, acreditamos que seria apropriado, como também acordado, continuar nossas negociações", disse Medinski.
Zelenski chegou a viajar à Turquia na quinta-feira (15), mas, diante da ausência do homólogo russo, decidiu não participar das negociações. O presidente havia desafiado Putin a ir ao encontro no início da semana, mas Moscou, após dias de silêncio, optou por enviar uma delegação de segundo escalão à cidade turca.
O ucraniano e seus aliados europeus também vêm fracassando ao tentar estabelecer um cessar-fogo de 30 dias desde sábado (10) -nesta sexta, a Rússia disse ter capturado mais uma vila no leste da Ucrânia. Minutos antes do início da reunião em Istambul, a imprensa ucraniana noticiou um alerta aéreo e explosões na cidade de Dnipro.
Como retaliação, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou que o bloco estava trabalhando em um novo pacote de sanções contra Moscou.
Já baixas, as expectativas do encontro foram ainda mais abaladas na quinta (15), quando Trump, ao encerrar uma viagem ao Oriente Médio, afirmou que não haveria movimento sem um encontro entre ele e Putin. Mais cedo nesta sexta, o Kremlin afirmou que a reunião era necessária, mas exigia considerável preparação prévia e precisava produzir resultados.
Antes das conversas entre as delegações, o chefe da diplomacia americana, Marco Rubio, falou com seus homólogos ucranianos e turcos e "reiterou a postura dos EUA de que é necessário pôr fim ao massacre", afirmou Tammy Bruce, porta-voz do departamento de Estado dos EUA.
As equipes de negociação sentaram-se frente a frente, com os russos vestidos de terno e metade dos ucranianos de uniforme militar. Um funcionário disse à Reuters que os ucranianos falaram em sua própria língua, por meio de um intérprete.
Duas pessoas disseram que a Rússia rejeitou um pedido da Ucrânia para que representantes americanos estivessem na sala, e outras duas falaram que Medinski afirmou que a Rússia estava pronta para continuar lutando pelo tempo que fosse necessário, traçando um paralelo histórico com as guerras do Czar Pedro, o Grande, contra a Suécia, que duraram 21 anos no início dos anos 1700.
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A Rússia vê as atuais negociações como uma continuação das conversas das primeiras semanas da guerra, em 2022, também em Istambul. Na época, Moscou exigia que a Ucrânia cortasse drasticamente seu efetivo militar, abrisse mão de parte de seu território, abandonasse suas ambições de aderir à Otan, a aliança militar ocidental, e se tornasse um país neutro.
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