O comissário para assuntos da diáspora do gabinete do primeiro-ministro da Armênia, Zare Sinanyan, declarou que a Turquia recusou acesso em seu espaço aéreo de um avião dos Estados Unidos que levava ajuda humanitária às vítimas do conflito na região de Nagorno-Karabakh. "Neste momento, 100 toneladas de ajuda humanitária estão prontas para serem enviadas para a Armênia, mas a Turquia proibiu a passagem da ajuda humanitária pelo seu espaço aéreo, por isso o vôo foi adiado", afirmou Sinanyan, durante coletiva de imprensa.

De acordo com o comissário, a Armênia até o momento já recebeu aproximadamente de 700 toneladas de ajuda humanitária de várias nações, como Rússia, Estados Unidos, França entre outros países da Europa. Sinanyan ainda acrescentou que médicos russos, norte-americanos e de países europeus estão na região do conflito para prestar assistência médica aos feridos.

Já o Secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, em uma conferencia à imprensa, também acusou a Turquia de colaborar e ajudar a fortalecer os ataques do Azerbaijão contra Nagorno-Karabakh. “Temos assistido aos relatos de mortes de civis. Temos visto a Turquia começando a reforçar o Azerbaijão. Solicitamos a cada ator internacional para que ficasse fora da região, e não para que reforçasse os problemas. Estamos trabalhando para que isso seja cumprido. Estamos usando as nossas ferramentas diplomáticas para tentar chegar a um resultado em que seja alcançado um recuo, um cessar-fogo", garantiu Pompeo.

Em contrapartida, o presidente do Azerbaijão, Ilham Aliev, anunciou que nenhum país apresentou provas de que seu país faz uso de mercenários em Nagorno-Karabakh. "Nós não temos mercenários. Esta é a nossa declaração oficial. Já se passaram mais de duas semanas desde o início do conflito, e nenhum país nos apresentou quaisquer provas em relação a isso. Além disso, não precisamos [de mercenários]. Temos um Exército de mais de 100 mil soldados. Tudo o que fazemos hoje no campo de batalha mostra que o nosso Exército é capaz de libertar as suas próprias terras", disse o líder azeri ao canal France 24.