PARLAMENTO

O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu a quatro ex-assessores que não cooperem com uma investigação do Congresso sobre o ataque ao Capitólio em 6 de janeiro, reportou a imprensa americana nesta quinta-feira (7).

O jornal Washington Post e o site Politico noticiaram que Mark Meadows, Kash Patel, Dan Scavino e Steve Bannon foram instruídos a não colaborar com a investigação formal da Câmara dos Representantes sobre o motim dos apoiadores de Trump, que alguns observadores chamaram de insurreição.


Isso teria ocorrido horas após a publicação de um relatório condenatório do Senado detalhando os esforços de Trump para minar a autoridade do Departamento de Justiça e anular sua derrota eleitoral para Joe Biden.


Os advogados de Trump argumentaram em uma carta aos quatro ex-assessores que eles podem contar com o chamado "privilégio executivo" para manter suas comunicações confidenciais.


O comitê que investiga o ataque de 6 de janeiro convocou esses e outros envolvidos nos distúrbios, a fim de estabelecer as ligações entre a Casa Branca de Trump e as centenas de pessoas que invadiram o Capitólio para interromper a sessão destinada a certificar a vitória de Biden como novo presidente dos EUA.


Na época, Meadows era o chefe de gabinete da Casa Branca; Scavino gerenciava as redes sociais de Trump; Bannon era um ex-estrategista político que seguia atuando junto aos republicanos; e Patel era um conselheiro de segurança nacional da Casa Branca que Trump nomeou para um alto cargo no Pentágono após sua derrota eleitoral.


O comitê ordenou que os quatro entregassem documentos e dessem depoimentos na próxima semana.


Especialistas jurídicos levantaram dúvidas de que Trump possa reivindicar "privilégio executivo", mas a questão não tem muitos antecedentes na Justiça, e a Casa Branca afirmou que divulgaria os registros do ex-presidente até certo ponto para ajudar na investigação.


Este pedido de Trump pode forçar o comitê a se envolver em batalhas legais que podem prolongar a investigação.