O ex-presidente norte-americano Donald Trump  afirmou em sua rede social que irá se entregar às autoridades da Geórgia, nos Estados Unidos, e disse que vai comparecer na próxima quinta-feira (24) em um tribunal do estado sulista, onde foi acusado de uma suposta tentativa de reverter o resultado da eleição presidencial em 2020. Trump ainda terá de pagar uma fiança no valor de 200 mil dólares estipulada pelo juiz do caso para não ter de aguardar a decisão da sentença na cadeia.

Trump também acusou em sua plataforma, Truth Social, que seria “preso” por uma promotora distrital de esquerda radical, Fani Willis, funcionária da Geórgia responsável pelo quarto indiciamento criminal dele neste ano. No entanto, o que distingue e torna esta acusação mais grave do que as demais é que nesta a imputação principal foi realizada com embasamento em uma lei estadual destinada a processar a Máfia, utilizada, sobretudo, para o crime organizado.  “A acusação alega que, em vez de cumprir o processo legal da Geórgia para impugnações eleitorais, os réus se envolveram em uma ‘empresa criminosa’ de extorsão para anular o resultado da eleição presidencial da Geórgia”, declarou Willis. 

Além do ex-presidente dos EUA, o tribunal de Atlanta, no condado de Fulton, indiciou mais outros 18 aliados e ex-assessores de Trump pela participação nas supostas tentativas ilegais de manipular o resultado da votação da eleição de 2020 no estado, na qual é citada pressão sob as autoridades locais, dentre elas, o secretário de Estado da Geórgia, Brad Raffensperger, do partido Republicano, para agir na interferência direta na contagem dos votos na Geórgia.