O presidente eleito dos Estados Unidos nomeou sua aliada Pam Bondi para o cargo de procuradora-geral, horas após o controverso deputado republicano Matt Gaetz ter se retirado. "Tenho a honra de anunciar que a antiga procuradora-geral da Flórida, Pam Bondi, será a nossa próxima procuradora-geral. Pam foi procuradora durante quase 20 anos, onde foi muito dura com os criminosos violentos, e tornou as ruas seguras para as famílias da Flórida", disse Donald Trump numa publicação na sua rede social Truth.
 
A advogada e lobista Bondi, de 59 anos, tem um longo histórico na Justiça e já foi assessora jurídica e participou da equipe de defesa durante o primeiro impeachment de Trump, em 2019.
 
Atualmente, Bondi lidera o Departamento de Conformidade Regulatória Empresarial da Ballard, empresa influente em lobby com estreitas conexões com Trump, e também preside o centro de litígios do think tank conservador de direita America First Policy Institute, co-liderado por Linda McMahon, a escollha de Trump para a Educação.

Caso seja aprovada pelo Senado norte-americano, Bondi será a principal responsável pela aplicação da lei nos EUA e encarregada de liderar o Departamento de Justiça, órgão que Trump pretende implementar seus planos em relação a proteção das fronteiras,, o desmantelamento de organizações criminosas e o restabelecimento da "fé e confiança muito abaladas dos americanos", segundo suas declarações, no Departamento, explica a BBC.

“Durante demasiado tempo, o Departamento de Justiça foi instrumentalizado contra mim e outros republicanos. Não mais. Pam vai redirecionar o Departamento de Justiça para o seu propósito de combater o crime e tornar a América segura novamente", afirmou Tump após a nomeação.
 
Já a nomeação de Bondi surgiu aproximadamente seis horas depois Gaetz ter anunciado a sua saída por considerar que a polêmica sobre a sua indicação ter se tornando injustamente uma distração para o trabalho de transição da nova Administração Trump-Vance e querer evitar uma luta desnecessariamente prolongada em Washington. Gaetz foi considerada uma das nomeações mais controversa devido à sua falta de experiência e por causa da acusação de tráfico sexual, que envolve ainda denúncia de ter tido uma relação sexual com uma menor com o uso de drogas ilícitas.