Os dois líderes tiveram seu primeiro encontro oficial nesta manhã na Finlândia
O mesmo tom de conciliação foi utilizado por Putin na entrevista coletiva: "Tivemos um diálogo muito aberto e significativo hoje". Mas lembrou dos momentos tensos enfrentados pelos dois países: "A Guerra Fria é coisa do passado, mas os Estados Unidos e a Rússia enfrentam toda uma série de ameaças". Putin disse, ainda, que é importante iniciar o diálogo sobre o equilíbrio das armas nucleares e afirmou ter feito "propostas concretas para o controle" delas.
Sobre a suposta interferência da Rússia nas eleições norte-americanas de 2016, Putin afirmou que "não há provas dos fatos reais envolvidos, devemos ser guiados por fatos, não por boatos". O presidente russo falou sobre os funcionários de seu país envolvidos na trama russa: "Eu posso dizer que temos um tratado entre a Rússia e os Estados Unidos que remonta a 1999, temos uma assistência em casos criminais", diz ele. "Eu posso usar este tratado como uma base sólida para questionar esses funcionários que o promotor Mueller acredita estar envolvido em alguns crimes [...] Mas esses esforços devem ser mútuos e esperaríamos que os Estados Unidos trabalhassem de forma recíproca".
O encontro desta segunda-feira foi a primeira cúpula oficial entre os dois líderes. A primeira parte da reunião, da qual só participou Trump e Putin, durou cerca de duas horas após a qual Trump afirmou que tiveram "um bom começo, um começo bom para todos". Na sequencia, os dois fizeram uma reunião bilateral, com ministros e assessores. A delegação dos Estados Unidos incluiu o secretário de Estado Mike pompeo, o chefe de gabinete da Casa Branca, John Kelly, o embaixador dos Estados Unidos na Rússia, jon huntsman, a diretora de assuntos russos da NSC, Fiona Hill e a intérprete Marina Gross.
Assim como aconteceu em outros países por onde passou neste giro pela Europa, Trump foi recebido com protesto em Helsinque.